Turma luta para descobrir quem é o homem que dá nome a escola
Alunos do 3° ano se juntaram aos professores para caçar a história do homem que leva o nome da escola
Com o objetivo de descobrir quem foi o homem que leva o nome da Escola Estadual Professor Cleto de Moraes os alunos dos 3º anos aceitaram a tarefa de bancarem os detetives e desvendarem a história escondida por trás dos muros recém reformados do colégio.
Atrás as raízes da instituição, os alunos embarcaram em uma jornada para localizar os professores aposentados e ouvirem suas histórias, para construir uma linha do tempo com todos os acontecimentos da instituição, desde sua fundação, no ano de 1955, até os dias atuais. Todas as descobertas também serão documentadas em um programa de podcast desenvolvido por eles.
A atividade faz parte do projeto pedagógico "Escola Cleto: Conhecendo a história e conectando gerações", e foi proposto pela professora coordenadora de Práticas Inovadoras, Alessandra Oliveira Fontes Rodrigues, com o intuito de despertar o sentimento de pertencimento e incentivar a importância de zelar pelo patrimônio escolar.
Tacuru está localizado a 423 quilômetros de Campo Grande, e possui uma população de pouco mais de dez mil pessoas. A Escola Estadual Professor Cleto de Moraes Costa é a única instituição de ensino do Estado a oferecer o ensino médio, por isso, muitos dos alunos são filhos de ex-alunos, conforme explica a professora Alessandra.
Sendo assim, eles perguntaram para os pais sobre a escola, e com a respostas dos pais, descobriram os nomes dos professores que passaram pela instituição. A ideia era chegar até os professores aposentados, ouvir seus relatos, e tentar montar uma espécie de quebra-cabeças que levasse até Cleto, mas a tarefa se mostrou não ser tão simples assim.
A escola não possui em seus arquivos nenhum registro com informações pessoais ou fotos de Cleto, e infelizmente os professores já aposentados não chegaram a conhecê-lo, e os que o conheceram já são falecidos. A única pista que a professora e os alunos encontraram foi que uma neta do professor Cleto visitou a escola há 15 anos e que ela supostamente mora na Capital.
“Nessa primeira conversa entre eu e os professores, já percebemos que não teríamos informações suficientes sobre o professor Cleto. Foi, inclusive, uma das professoras antigas que nos falou que ele era um jornalista carioca e que tinha uma neta em Campo Grande”, conta Alessandra.
Conforme consta nos registros históricos da Prefeitura de Tacuru, a primeira escola do município, hoje conhecida como Escola Estadual Professor Cleto de Moraes Costa, foi fundada em 1955, sendo Cleto o primeiro professor a lecionar na instituição. Este nome também é lembrado como um dos pioneiros na luta pelo progresso do provocando, que foi elevado a município em junho de 1981.
No entanto, a reportagem não conseguiu localizar informações sobre descendentes, ou registro de imagens da época. Foi feito uma tentativa de contato com a prefeitura do município, para solicitar mais informações, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
PodCleto
Os alunos também são responsáveis pelo podcast PodCleto, em que, sob supervisão do professor Bruno, eles gravam episódios sobre os mais variados temas, desde mais sério como ansiedade no ambiente escolar, aos mais descontraídos, como jogos eletrônicos e esportes.
Na próxima sexta-feira (28), os alunos devem receber para uma entrevista no Podcast a professora aposentada Ivaldete, que chegou a cidade de Tacuru em 1978. Ela será a primeira convidada do projeto "Escola Cleto: Conhecendo a história e conectando gerações".
“Nós queremos criar uma linha do tempo com as memórias que construíram a história da escola. Nesse primeiro momento, estamos atrás do homem que leva o nome da escola e, enquanto não encontramos essas informações, vamos agregando outras histórias, que aparecem durante as conversas”, explica Alessandra.
Ao todo, estão envolvidos no projeto três turmas do ensino médio e os professores Simone Lemes de Campos, da disciplina de narrativas digitais, Edicleia Regina Cunha, de história, Bruno Guimarães, de sociologia, coordenados pela professora coordenadora de Práticas Inovadoras, Alessandra Oliveira Fontes Rodrigues. O telefone para contato, caso alguém tenha informações que possam ajudar no projeto é o (67) 99645-0548 (falar com Alessandra).
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