Valnidércio plantou mais de 200 árvores e acorda às 4h para regá-las
O funcionário público é apaixonado por plantas e diz que deixa sua “marca” em cidades que já morou
Valnidércio Ferreira Leonel, de 60 anos, é apaixonado pela natureza. O amor pelo verde é o que lhe motiva a plantar várias árvores por onde passa. Há mais de 40 anos, já deixou sua “marca” nas cidades onde morou, em Dourados e na Capital, com mais de 200 árvores plantadas. “Eu gosto muito de ver a natureza e como ela responde”, declara.
Funcionário público da MS Gás, dentro e fora das facilidades da empresa no Bairro Tiradentes, ele também já plantou algumas mudas. Diz já ter plantado de tudo, mas gosta mesmo dos coqueiros, cujo fruto posteriormente serve de alimento para as araras. “Eu gosto de saber que elas vão comer”, detalha.
Valnidércio é natural de Paranaíba, município distante a 411 quilômetros de Campo Grande. É de lá, inclusive, da chácara do irmão, de onde a maioria das sementes também são oriundas.
E o zelo dele não para apenas na plantação, pois ele ainda faz questão de cuidar das plantas, acordando cedo para isso todos os dias, até aos fins de semana. “Acordo 4h37 e vou lá para regar. Depois, volto pra casa pra tomar um banho e, então, ir para o trabalho, eu moro pertinho”, descreve. O horário específico é porque o número 7 representa perfeição na bíblia.
Várias espécies dentro da área do órgão público e no canteiro central da Avenida João Arinos em frente ao local, recebem o toque do “dedo verde” de Valnidércio, que cuida das plantas espontaneamente, sem que lhe peçam. "Faço tudo com muita satisfação", reforça.
Além dos coqueiros guariroba, também já plantou limoeiros, ipês, goiabeiras, jacarandás, várias árvores frutíferas e agora, até tâmaras. O fruto da tâmara só nasce depois de quase 100 anos.
As sementes são importadas de Isarel, Valnidércio compra o fruto desidratado. Já acumula algumas sementes de tâmara, algumas que já foram plantadas, outras estão em uma garrafa pet com terra, que ele sempre rega com cuidado.
“É aquele ditado: “Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras”. Mas eu tenho esperança, de quem sabe, essas tâmaras que eu plantei, deem frutos um pouco mais cedo e eu possa comer uma tâmara. E se não, ao menos, fica para os netos”, comenta.
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