Vendendo pão no semáforo, Paulo conseguiu seguir profissão do avô
Jovem decidiu fazer curso de barbeiro e, hoje, avó se orgulha ao lembrar de como era a profissão do marido
Quando tinha 14 anos, Paulo Barbosa começou a vender pães no semáforo por querer ajudar a família e com parte do dinheiro que recebia conseguiu seguir a profissão do avô: ser barbeiro. Na época, seu Geraldo já havia falecido, mas o orgulho que sentiria do neto é reforçado até hoje pelos familiares.
“Minha avó sempre fala que fica orgulhosa de me ver sendo barbeiro porque essa era a profissão do meu avô Geraldo. Infelizmente, ele já faleceu e, na época em que ele trabalhava, tudo era muito diferente, mais difícil também”, diz Paulo. Hoje com 19 anos, o jovem é um dos destaques na barbearia em que trabalha, localizada no Taveirópolis.
E, apesar de já ter passado cinco anos desde que conseguiu encontrar sua profissão, ele faz questão de dizer sobre como tudo foi uma luta conjunta. “Antes de vender os pães, já tinha feito algumas coisas como vender brigadeiro, sempre dava um jeito de levantar dinheiro”.
Naquele período, a ideia era conseguir ajudar sua família e, no fim das contas, ele é que foi ajudado. Segundo Paulo, ele estudava de manhã, almoçava, descansava e ia para o semáforo com um colega.
“Enquanto eu estava por ali é que me veio a ideia de pagar o curso de barbeiro, me especializar para o dinheiro que entrava não ficar em vão. Nossos pais e parentes sempre estão ali para ajudar, então quando a gente tem essa possibilidade de também ajudar é muito bom”.
Juntando a renda que conseguia, ele fez o curso, já que precisava aprender fora considerando que seu avô já havia falecido. E, depois de finalizar, novas dificuldades vieram para conseguir comprar os equipamentos necessários.
Outro detalhe é que Paulo ainda era muito novo e, no ramo da barbearia, a situação ficava mais complicada. “Eu entendo, imagina você ver alguém tão novo e ter coragem de dar uma responsabilidade grande”.
Para resolver o primeiro problema, a falta de equipamentos, a família se envolveu e sua primeira boa máquina foi presenteada pelo seu padrasto.
“Eu tenho e uso ela até hoje com muito cuidado, muito carinho. Faço a manutenção para ela continuar perfeita. Ele me ajudou muito com ela”, agradece. E, insistindo no caminho, começou a fazer alguns atendimentos a domicílio para pegar a prática e treinar.
Depois, Paulo passou a trabalhar fixo e, por enquanto, segue com uma barbearia, mas liderando a equipe. “Nós somos em quatro na Dom Pixote e consegui o espaço de destaque já algumas vezes. Quando penso em como foi difícil começar, penso em como o caminho é, mas fico feliz”.
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