Vera colocou xícara extra por 14 anos à espera de um amor e ele chegou
Casal conta que a paixão depois dos 60 anos de idade chegou ainda mais intensa e feliz
“Quando eu fazia café da manhã, deixava sempre uma xícara extra e profetizava que um dia ia ter um companheiro para tomar comigo. Pedia para Deus encontrar alguém para mim”. Durante 14 anos, Vera Lucia de Lima, de 65 anos, tomou o café sozinha esperando pelo grande amor até que, há um ano, o companheiro tão esperado veio para usar a xícara e transformar o sonho dela em realidade.
Aos 65 anos e completamente apaixonada, Vera conta que o amor depois dos 60 anos tem sido a felicidade de cada dia. E, relembrando os caminhos que foram traçados até encontrar Vitor, ela garante que a espera valeu a pena.
Nós conversamos por três meses, mas na primeira vez em que nos vimos, já ficamos juntos. Desde então, não desgrudamos."
Enquanto imaginava que iria conhecer o grande amor por meios mais tradicionais, Vera encontrou Vitor na internet. Melhor dizendo, Vitor encontrou Vera. Ela conta que sem nunca ter o visto, foi adicionada no Facebook e por lá, começaram a conversar.
Durante três meses, os dois contaram suas histórias de vida, se conheceram aos poucos e, mesmo com receio, decidiram se encontrar. Como nada foi fácil, Vera relembra que o que era para ser o primeiro encontro foi de quebrar o coração, isso porque não deu certo.
“Nós combinamos de ele vir até minha casa, mas ele não veio. Acho que porque estava com medo de relacionamento. Sei que bloqueei ele e meu coração ficou machucado, dolorido, mas depois desbloqueei e ele disse que não tinha vindo por um imprevisto”, conta.
Ela conta que já estava apaixonada na época, então, decidiu insistir e tentar fazer a história acontecer apesar do medo de se decepcionar. “Combinamos mais uma vez e ele veio. A gente se encontrou e ele é tão bonito. Desde então, estamos juntos.”
Eu estou vivendo coisas que não vivi na adolescência, sinto uma felicidade fora de série. É um amor mais livre."
Viúva, Vera explica que nunca quis envelhecer sozinha, mas que não imaginava como seria o amor depois dos 60 anos. “Eu tenho três filhos, mas todos estão criados e estão vivendo a vida. Tomei muito café sozinha, esperei por muito tempo, mas não acho que teria dado certo se ele tivesse aparecido antes”, detalha.
Com a passagem do tempo, também veio a liberdade de poder pensar na vida de outra forma. Ela comenta que a criação dos filhos e a necessidade de colocar comida na mesa para todos era algo que transformava a vida em momentos de obrigação.
Eu tenho minhas cicatrizes, tenho a maternidade, minha idade. Pensava que ninguém iria me querer com as rugas, cabelo branco, mas ele me ama, me acha linda e eu acho o mesmo dele."
Hoje, tendo que se preocupar principalmente consigo mesma, o amor ganhou mais espaço. “Eu falo para ele que queria ter conhecido antes, que minha vida seria mais feliz. Ao mesmo tempo, sei que não seria tão bom quanto é agora, tinha as preocupações do dia e agora, tudo é diferente”, completa.
Não acho que é um amor calmo não, acredito que tenho até mais pressa. Acho que nossa idade está correndo mais rápido, tenho medo de morrer de uma hora para outra e perder a oportunidade de ser feliz."
Contrariando quem acredita que ter um relacionamento depois dos 60 pode ser mais tranquilo, Vera explica que sente muito mais intensidade agora. “Eu quero aproveitar, ficar com ele, ser feliz ao máximo. Nós já fomos para a praia, viajamos para o interior, tudo aproveitando.”
E comprovando que os dois querem mesmo garantir a alegria em todos os sentidos, até o desejo de se casar novamente chegou. “Não moramos juntos, mas compramos as alianças e vamos noivar neste sábado! Ninguém sabe ainda, mas já está tudo preparado.”
Reafirmando tudo o que a companheira disse, Vitor Luiz Kopetski, de 63 anos, completou que mais do que uma paixão, o que existe entre os dois é amor mesmo. “Se apaixonar nessa idade é maravilhoso, mas só a paixão não adianta, tem que ter o amor um pelo outro, sem cobrar nada.”
Assim como Vera, ele detalha que cada momento ao lado da companheira tem sido uma realização especial. “Cada momento é maravilhoso, seja quando a gente sai para jantar, para passear, a gente não consegue ficar longe um do outro”, detalha.
Para Vitor, até os minutos são importantes, isso porque nas palavras dele, por mais clichê que seja, Vera é sua “outra metade da laranja”.
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