Viajante e cão que encantaram ao passar por MS morrem em acidente
Jesse Koz e o seu companheiro inseparável, Shurastey, bateram fusca de frente com outro veículo
O brasileiro Jesse Koz, de 29 anos, que ficou conhecido por rodar o mundo em seu Fusca, morreu em um acidente de trânsito próximo da cidade de Portland, nos Estados Unidos, na segunda-feira (23). O cão golden retriever Shurastey, que era o seu parceiro inseparável de viagens, também morreu no acidente.
Campo Grande foi uma das paradas do viajante, em 2019, quando ele planejava seguir rumo ao Alasca com o seu amigão. À época, os dois aproveitaram as belezas sul-mato-grossenses e promoveram um encontro no Parque Sóter.
De acordo com informações da imprensa americana, Jesse teria tentado desviar de um engarrafamento, perdeu o controle da direção e foi para a outra pista, batendo em um outro carro que vinha na direção contrária.
A motorista do outro veículo, Eileen Huss, de 62 anos, foi encaminhada ao hospital, segundo informações da KDRV, filiada local da emissora ABC. Uma criança a acompanhava, mas não ficou ferida, conforme o portal Uol.
Já o brasileiro e Shurastey não resistiram. Jesse estava na estrada desde 2017, quando iniciou sua jornada ao lado do seu cachorro. Juntos, os dois percorreram mais 45 mil quilômetros, passaram por pelo menos 20 estados brasileiros e diversos países.
Na estrada - Em maio de 2017, o curitibano Jesse Koz vendeu tudo o que tinha para viver diferente e viajar pelo mundo. Mas colocar a mochila nas costas sozinha não seria possível sem a companhia do melhor amigo: o cão Shurastey, referência à música “Should I stay or should I go” da banda The Clash. Até chegar em Mato Grosso do Sul, em 2019, os dois rodaram 45 mil quilômetros, passando por 20 estados brasileiros e 4 países, Uruguai, Chile, Argentina e Paraguai.
Depois, seguiram viagem até, três anos após a parada por aqui, rodarem pelos Estados Unidos.
A aventura começou depois que Jesse se viu cansado da profissão. Vendedor em um shopping durante 7 anos, ele entrou em um grupo de mochileiros e viu relatos de quem pegava a estrada com pouco dinheiro no bolso. Apaixonado por Fusca, ele transformou o carro batizado de Dodongo em um “fuscahome”, com todos os itens necessários para viajar tranquilo, inclusive, sem apuros.