Xero cresceu no Tiradentes e fez o samba reinar durante a vida
Carlos Cleber Gomes era integrante do Hipertensos do Samba e faleceu na segunda-feira (26)
No Tiradentes é fácil encontrar quem tenha ouvido falar do Xero, aquele que fazia questão de manter o samba vivo ao lado dos companheiros de grupo. Tendo crescido na região, Carlos Cleber Gomes também era conhecido pela alegria e, para a família, é essa união de características que ficam do pai após a partida prematura.
Ainda tentando processar a sequência de acontecimentos que levaram à perda do pai, Murilo Cardoso de Souza Gomes é um dos quatro filhos de Carlos. Mesmo com o falecimento tão recente, na segunda-feira (26), a decisão foi de contar um pouco sobre a história do campo-grandense que teria gostado da homenagem.
“O Tiradentes parou”, concorda Murilo com a fala de outros amigos da família sobre o momento em que a notícia do falecimento chegou à região. “Ele era integrante do grupo Hipertensos do Samba, era um grande pai e um excelente marido”, descreve o filho.
Apaixonado por música desde sempre, Xero (apelido que ganhou quando era criança e permaneceu na vida adulta) criou os filhos repassando o gosto. Murilo relata que cada um ficou com uma parte, indo desde o amor pelos instrumentos até a relação com a dança, em seu caso.
Puxando as memórias, descreve que cresceu com o samba por perto e que, após a aposentadoria do pai chegar, o contato com a música se tornou ainda mais presente.
“As homenagens são um pouco do que podemos oferecer para ele porque foi realmente um grande homem. Todo mundo gostava muito dele, tinha uma fama boa no bairro e a alegria dele, o cantar é o que fica”, defende Murilo.
Antes de criar o último grupo, Carlos já havia tido outras experiências, mas a agenda musical realmente começou a valer mais com os Hipertensos.
“A gente sente que uma voz se calou. É uma dor imensurável, não tenho palavras para descrever isso. Nós tínhamos um carinho muito grande por ele, todo mundo da região também e ele tinha muitos amigos próximos”.
Tanto é que, como conta o filho, vários amigos e vizinhos fizeram questão de passar no momento de despedida para prestarem suas homenagens.
E, voltando para o samba, agora é ele que permanece ainda mais forte como vínculo de memória do pai. “Era algo que ele gostava demais. Sempre gostou do samba, tinha isso de tocar desde que a gente era pequeno e temos mesmo isso no sangue”, completa Murilo.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.