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Comportamento

Xero cresceu no Tiradentes e fez o samba reinar durante a vida

Carlos Cleber Gomes era integrante do Hipertensos do Samba e faleceu na segunda-feira (26)

Por Aletheya Alves | 29/08/2024 06:20

No Tiradentes, é fácil encontrar quem tenha ouvido falar do Xero, aquele que fazia questão de manter o samba vivo ao lado dos companheiros de grupo. Tendo crescido na região, Carlos Cleber Gomes também era conhecido pela alegria e, para a família, é essa união de características que ficam do pai após a partida prematura.

Ainda tentando processar a sequência de acontecimentos que levaram à perda do pai, Murilo Cardoso de Souza Gomes é um dos quatro filhos de Carlos. Mesmo com o falecimento tão recente, na segunda-feira (26), a decisão foi de contar um pouco sobre a história do campo-grandense que teria gostado da homenagem.

“O Tiradentes parou”, concorda Murilo com a fala de outros amigos da família sobre o momento em que a notícia do falecimento chegou à região. “Ele era integrante do grupo Hipertensos do Samba, era um grande pai e um excelente marido”, descreve o filho.

Apaixonado por música desde sempre, Xero (apelido que ganhou quando era criança e permaneceu na vida adulta) criou os filhos repassando o gosto. Murilo relata que cada um ficou com uma parte, indo desde o amor pelos instrumentos até a relação com a dança em seu caso.

Puxando as memórias, descreve que cresceu com o samba por perto e que, após a aposentadoria do pai chegar, o contato com a música se tornou ainda mais presente.

Carlos cresceu no Tiradentes e mantinha a música viva por lá. (Foto: Arquivo pessoal)
Carlos cresceu no Tiradentes e mantinha a música viva por lá. (Foto: Arquivo pessoal)

“As homenagens são um pouco do que podemos oferecer para ele porque foi realmente um grande homem. Todo mundo gostava muito dele, tinha uma fama boa no bairro e a alegria dele, o cantar é o que fica”, defende Murilo.

Antes de criar o último grupo, Carlos já havia tido outras experiências, mas a agenda musical realmente começou a valer mais com os Hipertensos.

“A gente sente que uma voz se calou. É uma dor imensurável, não tenho palavras para descrever isso. Nós tínhamos um carinho muito grande por ele, todo mundo da região também e ele tinha muitos amigos próximos”.

Tanto é que, como conta o filho, vários amigos e vizinhos fizeram questão de passar no momento de despedida para prestar suas homenagens.

E, voltando para o samba, agora é ele que permanece ainda mais forte como vínculo de memória do pai. “Era algo que ele gostava demais. Sempre gostou do samba, tinha isso de tocar desde que a gente era pequeno e temos mesmo isso no sangue”, completa Murilo.

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