Alugando vestidos na base da parceria, loja tem até estilista em catálogo
As fotos são super produzidas no Instagram. Os modelos de rendas e transparências seguem as últimas tendências. Na lista de produtos estão vestidos da estilista Patrícia Bonaldi, que veste celebridades como a atriz Marina Ruy Barbosa.
Tudo se encaixa nas características de uma loja tradicional, mas o diferencial é que o guarda-roupa é colaborativo e as produções podem ser alugadas por até R$ 420.
A ideia da empresária Bruna Rideko Yamauchai, 23 anos, surgiu depois de longas visitas ao salão de beleza de uma amiga. Percebendo a dificuldade que as pessoas tinham de encontrar um modelito em tempo hábil, ela resolveu encurtar o percurso.
“Propus sociedade para a minha amiga e montei a loja na sala ao lado. Para termos sempre novos vestidos, criamos um sistema de consignação. As clientes trazem os vestidos e a gente vende ou aluga”, explica Bruna.
Cada proprietária leva 40% ou 60% do valor cobrado pelo aluguel ou compra, respectivamente. “Foi assim no início que acabamos ganhando muitas roupas de marca. Agora que deu uma parada. Até porque resolvemos adotar alguns vestidos mais simples e mais jovens”, explica. O vestido mais caro que Bruna tem na loja é um Patrícia Bonaldi, que no aluguel sai por R$ 420, enquanto a compra seria fechada em R$ 2 mil.
O perfil da loja "Alugo Vestidos Touch" tem mais de 5 mil seguidores. Bruna afirma que formandas e madrinhas de casamento são as que mais procuram. “As redes sociais ajudam muito a divulgar. A maioria das clientes vem da internet, além do boca a boca. Sempre vem muita formanda, que traz as amigas e assim vai. No final do ano é uma loucura”, garante.
Há dois anos no ramo, o que não falta são histórias trágicas, mas com um leve viés de humor. “Já aconteceu de tudo, mas me lembro de uma madrinha que veio experimentar para aluguel, amou o vestido e depois cancelaram o casamento. No fim, ela voltou para colocar o vestido para alugar de novo. Um outro caso foi de um roubo de vestido durante a formatura. A menina foi trocar de roupa e alguém levou a peça”, relembra.
Para ela, o processo compensa para que não usa muitos vestidos de festa. “Fica lá no guarda-roupa anos e normalmente você usa uma ou duas vezes e nunca mais. Nesse caso, compensa colocar à venda ou alugar”, diz.
Como os vestidos não são de ferro há alguns defeitos entre linhas e paetês. “Nós temos uma costureira que reforma os vestidos, não entregamos com defeito”, defende.
