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Consumo

Com 30 padrinhos e um belo imprevisto, noivos casam em bar e com feijoada

Aline Araújo | 11/05/2015 08:40
Os noivos escolheram bar Democrático para casar. (Fotos: Marcelo Calazans)
Os noivos escolheram bar Democrático para casar. (Fotos: Marcelo Calazans)

Sabe a arte de fazer de um limão uma limonada? É o tipo do exercício que sempre inspira. E para aqueles dias de expectativa, que as coisas começam de forma errada, a história do casamento de Aline e Paulo pode ensinar um pouco.
Com um vestido todo em renda, linda, ela desce as escadas cantando “Altas horas, altos papos e a gente nem percebe”, música do Victor e Léo. O noivo está esperando, os dois se encontram, se abraçam, e se beijam.

Esse era o script da entrada do casamento planejado pela secretária Aline Fonseca, de 22 anos. Era a surpresa que queria fazer para o noivo, Paulo Eduardo Pereira dos Santos, de 32 anos. Mas não foi bem assim. Os músicos contratados para animar a festa não apareceram na hora certa e os planos tiveram de mudar.

Nervosismo da noiva diante da banda que atrasou.
Nervosismo da noiva diante da banda que atrasou.

Era para eles terem chegado às 11h, já era 13h e nada deles. A noiva chegou e foi a primeira coisa que ela percebeu. “Cadê os músicos?” O nervosismo tomou conta, ela teve vontade de chorar, mas as madrinhas estavam ali para apoiar.

“Fica calma!”, dizia uma. “Você tá linda, vai dar tudo certo”, falava a outra, mas Aline só queria saber porque os músicos que deveriam estar cantando há mais de uma hora ainda não estavam lá.

“Se precisar a gente mesmo canta para você entrar”, descontraiu outra madrinha. Então, ela respirou e ao som das palmas dos padrinhos e convidados entrou no bar, que nesse dia era o seu altar.

O noivo, meio assustado, de bermuda, saiu do segundo andar quase que correndo em direção à noiva, com um sorriso no rosto e meio perdido. O encontro terminou sim com um beijo, sob os olhares das pessoas queridas. Então, como manda o figurino, ela foi de mesa em mesa cumprimentar todos os convidados.

O lugar escolhido não é do tipo convencional. Os noivos decidiram receber os amigos no Democrático, bar da Rua 7 de Setembro. Para o almoço, aquela feijoada. O casamento aconteceu no sábado e o espaço não uma simples locação, tem enredo, tanto para os noivos, quanto para os convidados.

Para comemorar, a lista teve pouco mais de 70 pessoas escolhidas a dedo, quase metade em posição privilegiada. Só de padrinhos foram 15 casais, 30 amigos.

Mesa produzida pela noiva em tons candy color.
Mesa produzida pela noiva em tons candy color.

“Se vocês estão aqui é porque vocês são muito importantes para a gente. Tudo que a gente fez aqui foi com muito carinho”, disse a noiva, interrompida pelas lágrimas, de alegria, é claro.

Depois ela pode enfim cantar para o noivo. Os padrinhos também fizeram uma homenagem. E apesar dos pesares de iníco, não faltou alegria.

Outra diferença é que não teve troca de alianças, nem cerimônia religiosa tradicional.

A ideia de casar em um bar foi da noiva. O Democrático é um lugar que o casal, junto há quatro anos, sempre frequenta. Eles já comemoraram muitas datas especiais por ali.

“Aqui é bacana é bem aconchegante, a receptividade é muito boa e eu não imaginava outro lugar para casar. A gente gosta de reunir os amigos, ficar junto, e não tem clima melhor que de um bar”, afirma a noiva.

No começo Paulo estranhou a ideia, mas depois, pensando bem, adorou. “O pessoal fica a vontade, tranquilo, é bem atendido e tudo acaba sendo bem legal”, comenta.

Feijoada foi prato escolhido para a festa.
Feijoada foi prato escolhido para a festa.
Convidados no bar aberto só para o casamento.
Convidados no bar aberto só para o casamento.

O enfeite do bolo, os docinhos e a decoração, tudo foi pensado por Aline com carinho, mas também economia. Nada de extravagância, tudo simples.

No estilo candy colors, os tons predominantes foram rosa claro e azul bebê. Garrafas de vidro com água colorida, também foram preparadas com a ajuda de algumas madrinhas.

No mais, o ambiente do bar completou o cenário. Mas o que fez diferença foi serenidade dos noivos de não deixar nenhum imprevisto atrapalhar o dia especial deles. Por fim os músicos chegaram, para a história ter um final ainda mais feliz.

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