Na Orla Morena, a moda é andar de triciclo e bicicleta de trenzinho
Desde janeiro a Orla Morena na região do bairro Cabreúva ganhou um atrativo. Bicicletas e triciclos aliados a trens que levam os passageiros que se aventuram a pedalar, pedalar e pedalar até a Duque de Caxias, se o fôlego permitir.
O empresário e ‘dono’ da ideia em Campo Grande é Paulo José de Araújo, de 36 anos. Em outubro, numa viagem à praia viu, gostou e resolveu adaptar os passeios para a capital sul-mato-grossense.
O investimento foi de R$ 28 mil, junto com um sócio, valor que eles calculam ter o retorno em até 6 meses. As bicicletas podem ser usadas por adultos e crianças, desde individual até nove pessoas.
“Eu fiquei paquerando o lugar. Precisava de uma pista e espaço. Montei sociedade e graças a Deus tem dado certo, pegou aqui na Orla”, observa Paulo.
Os preços, à primeira vista, parecem ser meio salgados. Mas o comerciante garante que reduziu, dizendo que na praia o preço chegava a ser quase o dobro. O passeio no triciclo para dois adultos e duas crianças custa de R$ 10 até R$ 30, variando de acordo com o tempo, de 15 a 30 minutos ou até 1h de pedaladas.
Quem senta, seja o número que for, tem que pedalar. Paulo explica que 30 minutos são suficientes para sair da altura do parquinha, no bairro Cabreúva até a Júlio de Castilhos e voltar. A recomendação é para que os ciclistas aventureiros mantenham o mesmo ritmo, visto que uma hora é descida e outro trecho é subida.
As bicicletas foram compradas em São Paulo, adaptadas aqui e patenteadas pelo comerciante, os triciclos e trens vêm até com freio a disco. “É um atrativo para a família e não deixa de ser um exercício”, comenta.
Para quem vai encarar as pedaladas, a bicicleta deve ser guiada somente pela ciclovia e a determinação é para que ao cruzar as ruas do trecho, os ciclistas desçam e façam o trajeto à pé.
A opção está na Orla Morena diariamente, das 17h às 22h, exceto quando chove ou na quinta, em razão da feira do Cabreúva. Para aproveitar o dia e não ficar parado, Paulo leva as bicicletas para a avenida Duque de Caxias, na região do aeroporto.
Os planos futuros são o de aumentar a frota e também promover lazer gratuito. “Vamos convidar a Apae, a AACC, para um dia de passeio. É uma forma de retribuir o que a gente está ganhando”, afirma Paulo.
Os preços são tabelados, mas fáceis de negociar. “Se vem muita gente e está meio parado, a gente faz um desconto, dá mais tempo. É uma diversão”, admite o dono.