No casamento, atenção é para noiva, mas ele também precisa estar impecável
O vestido, para a noiva, é uma das maiores preocupações. Supersticiosas ou não, a maioria delas só mostra o modelito no dia da cerimônia. No salão ou na igreja, é a figura mais aguardada pelos convidados, ao contrário do noivo, que sempre aparece antes. Mas o Lado B resolveu falar deles e conversou com especialistas que deram dicas importantes para não errar no look.
Quem quer economizar procura, geralmente, as empresas que trabalham com locação. Nesses locais, é possível encontrar pessoas que orientam, sugerem o melhor traje, customizam a peça e, se necessário, realizam os ajustes. O problema é que a originalidade pode acabar ficando de lado, já que os modelos seguem um padrão e não podem ser completamente alterados. O trabalho, aliás, não compensaria.
Na Mr. Spencer, uma locação completa, que inclui até os sapatos, sai por R$ 450,00. É a casaca, um tipo de terno mais comprido, com camisa, gravata plastron (sem nó tradicional), e o colete.
Tem, ainda, o Summer, traje típico do verão, em tons claros, com paletó mais aberto e lapelas trabalhadas. Na Mr. Spencer, o cliente sai com a gravata (plastron) e o colete. O custo é de R$ 300,00.
O smoking, ou black tie, como também é conhecido, é outra opção e, na lista dos pedidos, fica em último lugar, segundo a gerente da loja, Carla Passos, de 24 anos. Sai por R$ 250,00.
A Vis a Vis é outra empresa que trabalha com locação, mas tem preços diferenciados. Se o empréstimo for pela primeira vez, a casaca (com colete, gravata, camisa e calça) sai por R$ 1,2 mil. No segundo aluguel, o valor cai para R$ 750,00, mesmo assim, sem os sapatos.
O meio fraque, com paletó mais fosco, colete cinza e calça grafite com risca de giz, custa bem menos, 380,00, mas o fraquete, mais estilizado e com corte slim, é locado a R$ 800,00. Vem o paletó, que é mais comprido atrás, colete, calça, grava plastron.
Tendência - O consultor masculino da loja, Yure Soares Lopes Marquesan, de 33 anos, explica que a tendência, para noivos mais despojados, são os trajes mais justos, com paletós de um só botão e coletes no mesmo tom.
Os mais tradicionais podem usar o terno, mas, de preferência, obedecendo algumas regras básicas. Se o casamento for de dia, as cores claras caem melhor, ao contrário da noite, onde os tons escuros devem ser priorizados.
O estilista Márcio Massad orienta a mesma coisa e comenta que isso é praticamente uma regra de alfaitaria, que oferece, inclusive, outras possibilidades.
Com sol à vista, que tal investir em outros tecidos, como o linho? Tudo depende do estilo e, mais ainda, do vestido da noiva. Se a mulher estiver com pedrarias, por exemplo, cabe um traje mais sofisticado ao homem.
Casamento gay - No caso dos casais homossexuais, a orientação é a mesma. Se o casal for mais antenado, vale investir no slim, que tem o corte mais estruturado, no blazer moderninho, em uma calça mais curta e até em uma meia diferente.
Os dois podem estar, por exemplo, de branco ou preto. Não há regra quanto a isso, mas é preciso tomar cuidado com os detalhes que garantem, ao menos, uma sutil diferença. O que não pode é ficar igualzinho.
“Geralmente são pessoas mais ligadas à moda e, por isso, tem facilidade para brincar com o look”, disse. Como o casamento gay ainda não é algo tão comum, o estilista sugere algo mais arrojado. “Porque não partir para um look diferenciado?”, questionou.
Pesquisa - Sem muita referência por aqui, quem quer fugir do padrão procura na internet. Há uma infinidade de blogs e sites especializados que tratam do assunto e mostram vários exemplos, não só dos trajes, mas de cerimônias reais. O Mister e Mister é um deles. Tem, ainda, o Noivos e Trajes, Manual do Noivo, entre outros.