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Consumo

Psicóloga cria marca para vestir os homens da casa com as mesmas roupas

Paula Maciulevicius | 05/04/2014 07:53
Na foto cedida pelos pais, as semelhenças entre Thiago e João Vítor vão além dos traços físicos. (Foto: Revellari)
Na foto cedida pelos pais, as semelhenças entre Thiago e João Vítor vão além dos traços físicos. (Foto: Revellari)

Tal pai. Tal filho. As semelhanças entre Thiago e João Vítor vão além dos traços físicos. Hoje, eles saem de casa vestindo a mesma roupa. Se o pequeno usa uma camisa colorida, o pai idem. A marca é criação da mãe, Lilian Amorim Nepomuceno, de 26 anos. Não é novidade, várias marcas fazem isso, mas ela decidiu oferecer na loja a combinação em todas as peças.

Psicóloga, foi além das roupas para trabalhar junto os modelos de referência que os filhos têm nos pais. Há pouco mais de um mês, Lilian e o marido abriram o site da marca “Tal e tal” para vender vestuário pela internet. São kits com camisas sociais, camisetas e polos nos tamanhos pai e filho.

A ideia veio da procura da mãe. Ela queria, mas não encontrava conjuntos do mesmo modelo para vestir Thiago e João Vítor. Os que achou, eram praticamente impossíveis pelo preço.

A criação foi sendo alimentada e no contexto da perda do emprego do marido, com formação em análises de redes de computadores, os dois começaram a desenvolver a marca. Junto do produto, Lilian compartilha também a experiência como profissional na relação pais e filhos.

A imagem reproduzida no site mostra modelo de camisa manga longa para pai e filho. (Fotos: Carlos Brandão)
A imagem reproduzida no site mostra modelo de camisa manga longa para pai e filho. (Fotos: Carlos Brandão)

“Até os 7 anos de idade, a criança tem tanto o pai quanto a mãe como total referência. Eles só começam a se ver como indivíduos a partir dos 7 anos. Essa referência é a chave do desenvolvimento da criança. A partir do momento em que ele tem em quem se espelhar, o desenvolvimento será mais fácil e as escolhas, mais embasadas”, explica.

Quem se cadastra no site recebe a cada 15 dias textos elaborados por Lilian que circulam nesta linha de pensamento. Ela sustenta que esse modelo de se espelhar nos pais ou nos adultos que exerçam o papel de pai contribui para o desenvolver de uma criança mais segura. No entanto, faz a ressalva, de que ‘copiar’ os pais vai em média até os 7 anos. Passando muito disso, a questão já se torna preocupante.

Os modelos são desenhados por ela mesma e vão para costura para o corte e retoques finais. A técnica ela aprendeu com profissionais e com o auxílio de cursos online. As malhas, garante ser da melhor qualidade.

“Quero oferecer o que eu compraria para a minha família. São coisas simples e que podem ser usadas por todos os estilos”, afirma.

De Mato Grosso do Sul a clientela ainda é pequena. Com a venda exclusiva pela internet, tem demanda vindo até do Amazonas.

A empresa é tão familiar que usa Thiago e João Vítor como modelos. Até o logotipo tem explicação sensível. “É um coração que falta um pedacinho. Desde que virei mãe, ele é um pedacinho de mim, como se o coração fosse um pedaço fora da gente”, resume.

A marca deve por no ar, nos próximos dias, modelos também para mães e filhas.

Tem também a opção de camisas lisas.
Tem também a opção de camisas lisas.

Depois de entender a logística da coisa, o Lado B partiu para os modelos. João Vítor ainda não fala, tem 1 ano e 4 meses, mas sorri à beça para as fotos. O pai começa a história desde a descoberta do filho.

“Até o nascimento do João Vítor eu acho que não tinha me dado conta de que seria pai. Quando peguei ele pela primeira vez, parece que vem o choque de realidade”, descreve Thiago de Araújo Nepomuceno, de 27 anos.

Com o desenvolvimento do menino, o pai também foi de descobrindo e evoluindo. A primeira vez que vestiram as roupas iguais até parece puro marketing. “Uma semana antes do lançamento da marca, fomos em duas ocasiões, aniversário de criança e um batizado, eram as peças piloto e a aceitação foi excepcional”, conta.

No batizado em que foram convidados, os dois vestiam a mesma camisa salmão com listras brancas em gola “v”. “E a igreja toda olhava para a gente”, completa.

Ver uma versão mini de si é motivo de orgulho para o pai. “A Lilian que tem mais jeito para essas coisas me explica toda essa questão de pai e filho querer imitar até certo tempo. Mas quando eu vejo, meus olhos até enchem de lágrima. Eu quero sempre poder crescer, me desenvolver e ser referência para o meu filho. Talvez eu seja a primeira pessoa que ele possa se espelhar”, finaliza.

A marca Tal e Tal atende todo País entregando as encomendas via Correios. Para ver os produtos, acesse o site: http://www.taletalmodas.com.br/.

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