Rústica, extensão de casa abre para casamentos, trazendo ar de fazenda à cidade
Muito verde e uma rusticidade emprestada das fazendas. Quando a porta de aço cortein que divide a fachada com a madeira de demolição se abre, quem adentra tem a impressão de passar uma porteira. O campo está em meio à cidade, em plena região do bairro Vila Célia, em Campo Grande.
Os 2.160 m do terreno são a extensão da casa da família de Geny Ratier e desde 2013 vem abrindo as portas para receber eventos sociais e corporativos. Em especial, virou cenário para grande dia, o "sim" e a troca de alianças.
De construção integrada, são inúmeros os ambientes externos e também na parte coberta. E um detalhe todo especial, além da cascata e do lago, a casa foi erguida em meio a dois pés de Jabuticaba, o motivo pela escolha do terreno por parte da dona.
O espaço foi construído como área de lazer e também para a prática de exercícios da família. "Fiz por problemas de saúde, preciso nadar e era para melhorar minha saúde e também para o aconchego da família, porque para mim não tem nada mais importante do que a família", explica Geny Ratier Pereira Martins, de 70 anos.
A área funcionava como "spa", com raia de piscina para a natação dos donos, sauna, churrasqueira, cozinha gourmet completa e um extenso jardim para o relaxamento. Com o tempo, os donos foram percebendo que o espaço estava quase obsoleto e por outro lado, sentiam os gastos com a manutenção.
"As pessoas sempre vinham elogiando muito. É uma construção integrada à natureza, que é o que hoje as pessoas querem e chega a ser um terapia. Você, estando aqui, imagina estar numa propriedade rural, mas não, está dentro da cidade", comenta Geny.
Durante a visita de uma decoradora com a mãe de um noivo, foi amor à primeira vista pelo local.
"Ela ia casar o filho e se surpreendeu com o lugar. Cedemos o espaço e foi um sucesso o casamento. Nos esmeramos ao máximo para tornar acolhedor, porém intimista", descreve a proprietária.
Em outubro de 2013, o que era spa se tornou "Recanto Ratier", mas sem maiores propagandas. Não há indicativo do local na fachada e nem placas. Mas o espaço já recebeu importantes eventos como os 70 anos do Educandário Getúlio Vargas, jantares beneficentes da AACC, entre tantas celebrações institucionais e corporativa, além de casamentos.
Aí se faz um parêntese à parte. Depois que as noivas passaram a olhar com bons olhos para o campo, a distância não precisa ser tanta para se casar num espaço com ares de fazenda. O casamento pode ser feito tanto na parte interna, onde se forma uma capela, quanto no jardim.
O mobiliário de toda casa é rústico chique. Veio das próprias mãos e da ideia de dona Geny. Artista plástica, ela aliou a proposta de oferecer um ambiente de encontro com a natureza e o aconchego da sensação de se estar em casa. "É um espaço que foi idealizado para a família. É como se as noivas fossem se casar em casa. Aqui é a extensão da minha casa", descreve.
O projeto foi da arquiteta Gabriela Pereira, mas com grandes interferências de dona Geny. A madeira que está nas mesas, cadeiras e bancos vieram da fazenda da família. Parte de antigas carroças também viraram decoração. "São coisas da arte. Você projeta, imagina e já vê pronto".
O jardim tem mais de 30 variedades de plantas, árvores e flores. Em especial, uma jabuticabeira de 66 anos, trazida de São Paulo - à época para a fazenda - pelo cunhado de dona Geny, senhor Hoover Pereira. "O filho dele me deu. Ela estava na fazenda, arranquei, cuidei e trouxe para cá, sem perder nenhum pé. Sou amante da natureza, adoro plantas", resume a dona.
A agenda limita a reserva do espaço para o uso de até 200 pessoas. O aluguel inclui todo mobiliário da casa, mais cadeiras e mesas. A pista de dança vira auditório, dependendo da finalidade que o recanto for atender. Toda parte cênica praticamente dispensa iluminação, são mais de 18 pontos de luz ao redor do espaço. O Recanto Ratier, fica na Rua Pernambuco, 1859.
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