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Diversão

“Casório do Ano”, a festa do Lado B, fecha a rua para o forró no dia 22 de junho

Elverson Cardozo | 23/05/2013 06:05
Cerca de 1,2 pessoas compareceram ao evento em 2012.
Cerca de 1,2 pessoas compareceram ao evento em 2012.

Pelo segundo ano consecutivo, o Lado B sela o “casamento” com Campo Grande e convida todo mundo para participar do “Casório do Ano”. O evento, em ritmo de festa junina, será no dia 22 de junho, a partir das 17h, no mesmo local: Tapiocaria Pernambucana, um bar arretado, que fica lá pelas bandas da Vila Jacy.

Ao menos por um dia, os noivos, jornalistas, serão notícia. Angela Kempfer e Francisco Júnior vão comemorar as bodas de papel na antevéspera do Dia de São João.

“É uma festa para quem lê o Lado B e, por tabela, para os colegas jornalistas, a imprensa e a população do bairro”, enfatizou a noiva, editora-chefe do canal, responsável pela ideia e organização do evento.

Em 2012, a rua José Paes de Faria, onde está a Tapiocaria, ficou lotada. Pelo menos 1,2 mil pessoas - entre leitores, fontes e o “pessoal da imprensa” - compareceram ao local.

Alguns “caipiras”, mesmo sem ensaiar, entraram na dança e se divertiram na quadrilha que, graças ao improviso, aumentou consideravelmente. Nem todo mundo sabia a coreografia, mas a diversão deixou detalhes como esse na sola da bota.

Os noivos se casaram com a benção do padre.
Os noivos se casaram com a benção do padre.
Este ano, sete barracas serão montadas na rua.
Este ano, sete barracas serão montadas na rua.

Apesar dos “erros” - como as filas, que perseguem qualquer estreante, a espontaneidade foi o ponto alto da festança. “Não queremos mudar a festa, porque ela marcou pela espontaneidade da rua. Não é um evento cheio de regras”, afirmou, ao relembrar que, na ocasião, “famílias inteiras” e até “senhorinhas” foram à quadrilha.

O evento teve grande envolvimento popular no ano passado. Além dos participantes, que investiram na caracterização e no “caipirês”, a iniciativa atingiu alunos de uma escolha pública da Vila Jacy que dançaram e escoteiros envolvidos até na decoração. Em oficina promovida pela artista plástica Ana Ruas, eles produziram painéis com releituras das obras de Volpi. As “telas” foram parar no palco.

Para a “noiva”, que esperava apenas 500 pessoas no “matrimônio”, o resultado superou as expectativas. “Foi uma surpresa. O que foi mais gratificante foi ver como a gente reuniu pessoas tão diferentes. Não era um público específico, só do bairro, da imprensa ou dos leitores. Era todo mundo junto”, resumiu.

"Caipiras" não economizaram na caracterização.
"Caipiras" não economizaram na caracterização.
A criançada também caiu na quadrilha.
A criançada também caiu na quadrilha.

O noivo, que caprichou no figurino e provou que é um tremendo “pé de valsa”, também se impressionou com o resultado. “Achei que seria uma coisa bem tranquila, bem mais simples”, confessou. Esse ano, disse, a festa promete ser melhor. “Condições para isso ela tem”, garante.

Romero Bastos Quirino, o Pernambucano, proprietário da Tapiocaria, está ansioso para as bodas. No ano passado, “de cangaceiro”, acompanhando de um bode e sem deixar a garrucha de lado, fez o papel do pai da noiva, tirou fotos à beça e arrancou boas risadas dos convidados.

“Isso não é uma festa. É uma atração cultural que o bairro merecia há muito tempo e graça ao Campo Grande News está sendo feito. É uma festa onde a população participa, onde não existem interesses financeiros. Não se visa lucro. A gente divulga a cultura do país”, disse.

Pernambucano diz que, este ano, a atração será mais “produzida”. Se tudo der certo e se a encomenda que fez chegar a tempo, adiantou, a rua poderá ganhar uma figura ilustre: um boneco de Olinda vestido de Lampião. “Ele tem três metros. É uma amostra do que tem lá, que é de 6”, contou.

Com ou sem a presença do Rei do Cangaço, a festa vai acontecer. “O povo do bairro pergunta se vai ter de novo. Para você ter ideia tem gente querendo casar de verdade no dia”, relevou, caindo na gargalhada.

A quadrilha no meio da rua.
A quadrilha no meio da rua.

Atrações – Na primeira edição, o Casório foi animada pelo Grupo Forró no Ar, que tocou por quatro horas seguidas. Também teve a participação da cantora Michelli Penze, que colocou vários casais para dançar. Este ano, a parceria confirmada até agora é com a banda Forró Zen.

Além das atrações musicais, estão mantidas as barracas, sete no total, para comercialização de alimentos. O bolo de Santo Antônio, recheado de alianças da confeitaria Bico Pitanga, será distribuído de graça outra vez. Haverá, ainda, sorteios de prendas e a “tenda de simpatias” para quem está à procura de casamento.

A parceria com a artista plástica Ana Ruas continua. A proposta, desta vez, é convocar alunos para pintar o muro de um laticínio desativado que fica na mesma rua da Tapiocaria.

A quadrilha, claro, também está garantida, mas os ensaios ainda não foram definidos. Todos os detalhes da festas serão divulgados aqui, neste canal.

Acompanhe e anote a data e o endereço: dia 22 de junho, a partir das 17h, na Tapiocaria Pernambucana. O estabelecimento fica na rua José Paes de Farias, 77, na Vila Jacy. Venha comemorar conosco as bodas de papel!

Nota - O Lado B está convocando colaboradores para o evento, inclusive para a quadrilha. Os interessados em participar podem enviar e-mail para ladob@news.com.br ou ligar no (67) 3316-7200.

A festa tem patrocínio da Rede Comper, do Shopping China, Bebi Festas e da Fundação Estadual de Cultura.

A turma que ficou até o final da festa.
A turma que ficou até o final da festa.
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