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Diversão

Boca Suja transforma Avenida Calógeras em palco a céu aberto

Evento teve sua segunda edição nesta sexta-feira (18) com artistas de rua

Aletheya Alves | 19/11/2022 07:37
Teatro Imaginário Maracangalha levou perfomance interativa. (Foto: Aletheya Alves)
Teatro Imaginário Maracangalha levou perfomance interativa. (Foto: Aletheya Alves)

Reunindo artistas experientes e estreantes, a segunda edição do Boca Suja fechou parte da Avenida Calógeras para transformar o espaço em palco a céu aberto. Indo de dança até apresentação teatral, o evento é mais uma luta para ocupar espaços públicos com arte em Campo Grande.

Começando por volta das 20h de sexta-feira (18), artistas e público se reuniram entre a Avenida Mato Grosso e Rua Doutor Temistocles. Sem veículos passando pelo local, apenas quem estava interessado em ver as performances mais variadas foi se espalhando pelo espaço.

Com uma mesa e cadeiras de bar, um dos primeiros a performar foi o projeto Street Bulldogs. Unindo música e dança, MC Mizuko e Mel Figueiró saíram do meio do público e retornaram a ele durante a performance.

Street Bulldogs aproveitou segunda edição do evento para sua estreia. (Foto: Aletheya Alves)
Street Bulldogs aproveitou segunda edição do evento para sua estreia. (Foto: Aletheya Alves)
Artistas uniram apresentação musical com dança durante a noite. (Foto: Aletheya Alves)
Artistas uniram apresentação musical com dança durante a noite. (Foto: Aletheya Alves)

Colocando em prática a ideia de que quem está começando também precisa ter vez, Mizuko aproveitou para declarar que a estreia do projeto estava sendo feita naquele momento.

Em seguida, quem tomou a rua, ou o palco, foi o Teatro Imaginário Maracangalha com suas máscaras larvárias. Todas brancas e com formatos que vão do pontiagudo até arredondado, as máscaras fizeram parte da performance em contato com quem assistia ao evento.

Durante cada ação, sem o distanciamento entre quem produz a apresentação e aqueles que assistem, o Boca Suja colocou os dois lados no mesmo plano. E, por vezes, a interação predominou, como no caso do Imaginário Maracangalha.

Em sua performance, o Teatro Imaginário Maracangalha usou máscaras larvárias. (Foto: Aletheya Alves)
Em sua performance, o Teatro Imaginário Maracangalha usou máscaras larvárias. (Foto: Aletheya Alves)
Público permaneceu atento durante a apresentação. (Foto:: Aletheya Alves)
Público permaneceu atento durante a apresentação. (Foto:: Aletheya Alves)

Sem financiamento público ou privado, a esperança de quem leva suas apresentações para a rua é de que a valorização comece a existir, como conta a produtora do evento, Estefânia Martins. “Nós esperamos que apareçam editais para que possamos concorrer porque os artistas merecem”, diz.

Justamente pela falta de financiamento, a artista de rua conta que chega a ser difícil prever quando uma nova edição poderá ser realizada.

“Não é fácil fazer um evento assim porque muitos dos artistas trabalham com outras coisas, precisamos ir atrás de conseguir o espaço, de reunir as pessoas, organizar tudo isso. Mas o que queremos é permitir que os artistas consigam se apresentar”, completa Estefânia.

Há poucos meses morando em Campo Grande, Ariel Lucas Caetano Prado, o Arielll Lukasss, conta que deixou Dourados para cursar Dança na Capital. Ainda se acostumando com a transição, o artista explica que encontrar oportunidades para performar tem sido uma grata surpresa.

Ariel conta que ainda está se adaptando à cidade, mas oportunidade de performar tem sido um dos destaques. (Foto: Aletheya Alves)
Ariel conta que ainda está se adaptando à cidade, mas oportunidade de performar tem sido um dos destaques. (Foto: Aletheya Alves)

“Eu danço desde sempre em casa, mas com o passar do tempo comecei a me profissionalizar. A ideia de participar e ter eventos como esse é de conseguir mostrar o que a gente sabe. É importante tanto para a gente quanto para quem assiste”, diz Arielll.

E, confirmando sobre o quão necessário também é para o público ter acesso a espaços artísticos, o policial militar Samuel Chaparro conta que ver áreas públicas sendo tomadas por cultura é bonito de se ver. “A gente percebe o quanto de arte existe em Campo Grande e há muitos espaços históricos que são bonitos, mas ficam abandonados. Levar cultura para esses locais é necessário, é muito bom ver esse processo evoluindo cada vez mais”.

Além das apresentações, público também teve acesso às ilustrações. (Foto: Aletheya Alves)
Além das apresentações, público também teve acesso às ilustrações. (Foto: Aletheya Alves)

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