“Brincadeira” com aeromodelismo de jato pode custar até R$ 100 mil
Em fazenda de Campo Grande, grupo pratica sem dó o aeromodelismo de jato, o mais alto nível de aeromodelismo que existe
Uma brincadeira cara e que quase nenhuma criança pode brincar. Esse é o aeromodelismo de jato, a modalidade mais difícil e sofisticada do aeromodelismo – que em Campo Grande tem gente fascinada e disposta a gastar o valor de um carro para ver um modelo de avião voando até 300 km por hora no céu sul-mato-grossense.
Por aqui, aproximadamente 10 pessoas formam um time de aeromodelismo de jato, que é a turma do MSJets. O criador do grupo Renato França esclarece que criou há sete anos depois de passar muito tempo praticando outras modalidades de aeromodelismo.
“Eu pilotei um aeromodelo a primeira vez em 1998, desde então fui evoluindo até chegar nos jatos”, explica Renato que trabalhou anos como fotógrafo, mas hoje ganha a vida assessorando pessoas que estão ou querem ingressar no universo do aeromodelismo.
Para se ter uma ideia, um aeromodelo de jato não sai por menos de R$ 10 mil, tendo vários modelos que chegam ao valor exorbitante de R$ 100 mil. “É um esporte 'salgadinho', mas apaixonante", brinca.
A pista para praticar precisa ser regulamentada, assim como os pilotos precisam portar a certidão de cadastro para fins de fiscalização, uma espécie de habilitação, emitida pela por uma organização nacional responsável. São anos de prática até que um aeromodelista pilote um jato.
O hangar assim como a pista em que grupo pratica fica em uma fazenda a 25 quilômetros de Campo Grande. Os aviões são movidos a querosene e possuem uma autonomia de 5 a 8 minutos no ar, podendo atingir incríveis 350 km/h. O espaço aéreo de atuação é estabelecido pela Infraero.
“Tem que ter muita habilidade. A experiência te faz pensar alguns segundos na frente e proporciona tranquilidade, por que as decisões são tomadas todas em alta velocidade”, comenta.
O controle é composto por dois joysticks. E quem monta os aeromodelos são os próprios pilotos. Elas variam de 10 a 40 quilos. “Existem basicamente três fabricantes, os chineses, os americanos e os alemães. Tudo chega numa caixa e é preciso montar cada parte, até o motor”.
Tem também as competições. Renato ficou em 5º lugar no ranking nacional o ano passado. “Competimos três por vez com seis juízes avaliando nossas manobras”.
Para Renato, ver um aeromodelos subindo é a materialização de poder unir uma profissão ao espírito de criança que a atividade instiga.“ É muito gratificante pode fazer o que ama ainda viver disso”.
Para conhecer mais do grupo de aeromodelismo de jato, acesse o perfil no Instagram.
Abaixo, confira um vídeo com demonstração de um voo.
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.