Com bailarina do Egito, mostra de dança do ventre contagia plateia
As apresentações foram pela 15ª mostra Sul-Mato-Grossense na Concha Acústica Helena Meirelles
A Concha Acústica Helena Meirelles, localizada no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, foi palco de uma celebração da arte e cultura árabes com a 15ª Mostra Sul-Mato-Grossense de Dança do Ventre. O evento, que contou com a participação especial da renomada bailarina internacional Lurdiana Bellydancer, que veio diretamente do Egito, encantou a plateia.
Desde as primeiras apresentações, a energia do público se fez sentir, com aplausos calorosos para as jovens bailarinas infantis, que estrearam o palco com graciosidade e talento. Em seguida, foi a vez das bailarinas da Associação de Mulheres com Deficiência de Mato Grosso do Sul.
O espetáculo foi marcado pela diversidade, com mulheres de diferentes idades e origens culturais compartilhando o palco em uma exibição de movimentos elegantes e envolventes. Destaque para a participação da cantora Dany Cristinne, que abriu o evento com um show vibrante, preparando o terreno para as performances deslumbrantes que se seguiram.
A mostra começou com bailarinas infantis estreando o palco sob o aplauso animado da plateia. Na sequência foi a vez das bailarinas da Associação de Mulheres com Deficiência de Mato Grosso do Sul. Durante a apresentação, mulheres de diferentes idades passaram pelo palco. Em movimentos, que alternavam entre lentos e acelerados, cada grupo soube captar muito bem a atenção da plateia que ocupou toda a arquibancada da Concha.
Além das apresentações, a mostra também ofereceu uma oficina de ritmos árabes ministrada pela professora Carla Rukan, proporcionando uma oportunidade para os participantes aprofundarem seu conhecimento e apreciação da cultura oriental.
De Porto Velho (RO), Lurdiana Bellydancer começou na dança do ventre há 15 anos. Em paralelo, ela também dançava jazz e balé dando aulas dessa duas danças. Há seis anos se mudou para o Egito onde se apresenta em diversos eventos, como shows, casamentos e festas de aniversário. Há dois anos também dá aula de dança do ventre no paí
“Eu sempre tenho muita saudade do Brasil. Só que eu não consigo vir com tanta frequência. Eu venho uma vez por ano e eu venho mais pra poder descansar, aproveitar os amigos e a família. Dessa vez eu vim com o objetivo realmente de mostrar cultura pelo Brasil dançando não só fazendo show, mas também compartilhando um pouquinho dos meus aprendizados pras bailarinas daqui”, exaltou Lurdiana.
A professora Nidal Abdul, responsável pela organização do evento, destacou o empenho e dedicação de todos os envolvidos na realização da mostra. "É um trabalho colaborativo que envolve meses de preparação e ensaios, mas o resultado final é sempre recompensador quando vemos a reação positiva do público", disse.
Mirella Ballatore é da Associação de Mulheres com Deficiência de Mato Grosso do Sul. Ela também dança e exaltou a arte como um divisor de águas na vida.
"Nunca tinha passado na minha cabeça de dançar a dança do ventre. Foi um divisor de águas, porque a gente se transforma. A gente viaja na dança, a gente vê que a gente pode fazer além. Aí tem empoderamento, tem vaidade. É todo um processo de autoestima, de empoderamento, de empatia também, porque são pessoas com deficiência.
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