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Diversão

Com enredo sobre Lampião, Imperatriz é campeã do Carnaval do Rio após 22 anos

Vila Isabel ficou em segundo lugar, após apuração acirrada de votos nesta quarta-feira

Guilherme Correia | 22/02/2023 16:50
Escola retratou a vida de Lampião, ícone da história brasileira. (Foto: Reprodução)
Escola retratou a vida de Lampião, ícone da história brasileira. (Foto: Reprodução)

Depois de 22 anos, a escola de samba Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro, sagrou-se campeã do Carnaval da Sapucaí, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (22), após apuração de votos. A escola possui, agora, nove títulos conquistados. Os outros foram em 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001.

As 12 escolas são avaliadas em nove quesitos. As notas variam de 9 a 10 — e a menor é descartada. As seis primeiras colocadas irão desfilar no Sábado das Campeãs. A campeã teve 269,8 pontos na classificação geral.

Na sequência, ficaram Vila Isabel (269,3), Beija-Flor (269,2), Mangueira (269,1), Grande Rio (268,6) e Salgueiro (268,5).

A escola conseguiu pontuação máxima nas categorias Harmonia, Enredo, Bateria, Alegorias e adereços, Fantasias, Samba-enredo e Mestre-sala e Porta-bandeira. Em Comissão de frente e Evolução, pontuou 29,9.

Enredo - A Imperatriz Leopoldinense se inspirou na literatura de cordel para celebrar a história de Lampião, em seu desfile na madrugada desta terça-feira (21). A escola cantou o enredo "O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida". Nele, explorou a vida e, principalmente, a morte do cangaceiro.

O desfile da Imperatriz contou com 3 mil componentes divididos em 24 alas, com cinco carros e dois tripés. O cordel deu as caras logo na comissão de frente, que mostrava a jornada de Lampião após morrer, indo do inferno ao céu sem encontrar abrigo em lugar algum.

No abre-alas, o rei do Cangaço aparecia em seu cavalo sobre uma reprodução colorida do Sertão, com bois, cactos e grandes crânios bovinos.

Como destaque, Matheus Nachtergaele e Regina Casé como Lampião e Maria Bonita. Nas primeiras alas, a escola costurou a vida de Lampião e seu bando com cultura popular nordestina da época, com beatos, repentistas, cordelistas, carpideiras e mamulengueiros.

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