Com projeto contra cyberbullying, Miss MS leva título mundial

Em uma semana, a vida da adolescente Maria Fernanda Saggin ganhou poder internacional. "Meu celular chega estar travado de tantas mensagens que eu tô recebendo. Eu não pensei que chegaria tão longe, me dá até vontade de chorar", contou aos fãs no Instagram.

O motivo é o título mundial Miss Teen Supra Grand, realizado virtualmente por conta da covid, mas com faixa e coroa entregues em Lima, no Peru. Também ganhou bolsas de estudos de inglês e espanhol, para ir avante na função de embaixadora internacional.

Aos 18 anos, natural de Rio Brilhante, o que mais chamou atenção na disputa com outras 14 candidatas foi o discurso contra o cyberbullying. O concurso tem como  diferencial essa pegada de conscientização, o que incentivou Maria a criar o projeto "Não me agrida!", que tem como principal objetivo levar informação e conscientizar as pessoas sobre esse tipo de "tortura virtual".

Por enquanto, a conversa fica só em perfil no Instagram, mas a ideia é levar para escolas de Mato Grosso do Sul, como palestrante sobre o assunto.

Na página, ela costuma postar textos de motivação. "Todos nós temos problemas, dificuldades e contratempos que fazem alguns dia parecerem péssimos, dias que nos fazem desistir dos nossos sonhos e objetivos e em alguns casos, da vida. Porém, independente das dificuldades, precisamos lembrar que cada dia é um presente, para nos superarmos, darmos o nosso melhor e viver intensamente como se fosse o último. Espero que essa frase possa motivar cada pessoa a enxergar o simples fato de possuirmos mais um dia para aproveitá-lo ao máximo".

Mas também dá dicas de filmes para que as pessoas reflitam sobre o assunto. "A indicação dessa semana, trata-se de um documentário chamado "Bullying". A sugestão para esse filme, explica-se por ser uma obra recente... baseada em fatos reais".

Vitória - Primeira brasileira a levar essa coroa, para vencer, além da beleza e da simpatia, Maria Fernanda investiu pesado em todos os itens exigidos pela organização. A performance tem embaixadinha de futebol e o traje típico foi criado pelo carnavalesco Adriano Moran, inspirado na lenda indígena de Jaci, a deusa da Lua.

O primeiro concurso ela venceu em 2019, mas admite que antes, perdeu muitas disputas. Mesmo assim, nada abalou a vontade de seguir. Ela agora quer ser Miss Brasil para chegar ao Miss Mundo, mas também diz ter planos de cursar Medicina. 

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