Duo Anavitória diz que gravar ‘Tocando em Frente’ foi um presente
Público, mais jovem do que o de outras apresentações, foi ao êxtase durante o show no palco principal
O duo Anavitória encerrou a 19ª edição do Festival de inverno de Bonito, a 257 km de Campo Grande, na noite de ontem, domingo (29). O público, mais jovem do que o de outras apresentações, foi ao êxtase durante o show no palco principal. As cantoras garantem que gravar “Tocando em Frente” foi um presente e esperam voltar à cidade como turistas.
Durante entrevista, as artistas afirmaram se sentir em um grande momento da carreira subindo ao palco de um dos maiores festivais de música do País. Ainda atordoadas com o sucesso repentino, curtiram pouco Bonito, por causa do assédio dos fãs, e apenas lamentaram não conhecer as belezas naturais do lugar. A baixa temperatura também não animou.
Anavitória subiu ao palco do FIB às 21h30 e cantou 16 músicas, não chegando a completar uma hora e meia de espetáculo com as atrações anteriores. A cada música, o coro da garotada, mas os gritos foram mais intensos quando cantaram Tocando em Frente e o kit Trevo (tu).
O primeiro álbum de Anavitória bomba nas redes sociais e Trevo (tu), parceria das duas com Tiago Iorc ganhou o Grammy de Melhor Canção em língua portuguesa. Já a canção Tocando em Frente, versão para o sucesso de Almir Sater e Renato Teixeira, integra a trilha sonora da novela “O outro lado do paraíso”.
Sobre a releitura de composições já conhecidas, Vitória afirma que incluir no repertório o kit Tocando em Frente foi intuitivo. “A música parecia gritar para ser gravada em nosso primeiro trabalho. Ela fala muito da gente, toca nas pessoas. Foi um presente”.
Ao se despedirem com Agora eu quero ir, composição de Ana, o público pediu bis e elas voltaram ao palco para cantar apenas uma saideira, Dê um Rolê, música dos Novos Baianos gravada em 1971.
Conforme descreveu o site Universo Online, uma espécie de “folk pop” cantado em português, um som que faz sucesso principalmente com o público jovem das redes sociais. Ou ainda: uma variante suave do rock rural que, nos anos 1970, teve o trio Sá, Rodrix e Guarabyra como precursor.
As próprias cantoras do Tocantins se definem como “Pop rural”, isto é: “um jeito de unir o popular, que é a nossa música, com o canto que a gente veio, as músicas que crescemos ouvindo”, segundo Ana (Clara Caetano Costa), 22, que compôs a maioria das músicas cantadas no show. Vitória (Fernandes Falcão), 22, diz que é um “folk” abrasileirado, que se encaixa em letras que falam de amor.