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Diversão

“En Cerrado” democratiza dança e atrai até turistas no Centro

Projeto levou dança contemporânea para o Centro

Thailla Torres | 06/05/2023 11:34
As apresentações da Cia Singulus Dança-Teatro e Performatividades, com fragmentos do espetáculo En Cerrado integraram a programação do 1° Circuito Itinerante de Dança.
As apresentações da Cia Singulus Dança-Teatro e Performatividades, com fragmentos do espetáculo En Cerrado integraram a programação do 1° Circuito Itinerante de Dança.

No ir e vir das pessoas, dos carros, um casal de bailarinos se apresentaram na última semana na Morada dos Baís, na esquina Bar do Zé e na estátua do Manoel de Barros. As apresentações da Cia Singulus Dança-Teatro e Performatividades, com fragmentos do espetáculo En Cerrado integraram a programação do 1° Circuito Itinerante de Dança, realizado pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo – Sectur.

Alguns ficaram de longe, outros pararam para ver completo e tiveram os que foram nos locais especialmente para conferir as apresentações. Diferente de São Paulo, não é muito comum se ter intervenções artísticas acontecendo ao mesmo tempo em vários locais da cidade.

Dona Nadir e senhor Marcos viram a chamada na TV e foram conferir. A primeira na esquina do Bar do Zé com a 14 de julho, o segundo na estátua do Manoel de Barros.

“Eu não tinha companhia para vir, mas aí vim sozinha mesmo. Eu amo ver essas coisas”, revela dona Nadir Rosa de Lima. “Eu acho ótimo isso, evento cultural que valoriza de fato a nossa cultura. Eu não sou daqui, mas me considero sul-mato-grossense pois tenho mais de 40 anos que vivo aqui”, conta o senhor Marcos Silva.

Para Febraro de Oliveira, artista que também conferiu uma das apresentações, avalia como importante quando os grupos de dança e companhias pensam em espetáculos fora dos locais tradicionais. “Eu acho muito bonito a intervenção na rua pela sensação de que o espetáculo continua enquanto a pessoa anda na cidade. Então a pessoa assistiu um trecho, está fazendo uma compra, mas ela ainda está pensando no que ela assistiu, no que ela acabou de ver”, conta.

Alguns ficaram de longe, outros pararam para ver completo e tiveram os que foram nos locais especialmente para conferir as apresentações.
Alguns ficaram de longe, outros pararam para ver completo e tiveram os que foram nos locais especialmente para conferir as apresentações.

As apresentações, que duraram apenas 20 minutos, serviu como degustação ao público sobre o que está por vir do espetáculo En Cerrado. Senhor Joathan Loureiro, que conferiu tudo sentado, do Bar do Zé, aprovou. “A apresentação foi ótima. Sem dúvida nenhuma resgata a cultura sul-mato-grossense. A cultura dos nossos irmãos paraguaios está no sangue do povo sul-mato-grossense, do campo-grandense. A cultura, a arte, a música, ela deixa com que as pessoas fiquem melhores. Hoje, sem dúvida nenhuma, o meu dia será melhor”, revelou.

Como explica o fundador e coreógrafo da Cia, essa mostra teve o objetivo de sentir o público e sua receptividade principalmente com o tema. “‘En Cerrado’ está sendo inspirado no bioma Cerrado Pantaneiro, com o enfoque na fauna, flora e aspectos da identidade regional”.

Com um olhar contemporâneo, o trabalho busca valorizar a identidade cultural do estado de Mato Grosso do Sul a partir do contexto histórico-cultural, com uma abordagem poética. A dança é a linguagem principal, mas o processo criativo do espetáculo integrará outras linguagens artísticas, como teatro, música, literatura, artes visuais e performance.

Para Thomas Nunes, turista de Tocantins e empresário da área da biodiversidade, a oportunidade em ver a apresentação, prova a importância de se associar cultura com a biologia. “Eu acredito que seja uma forma de popularizar parte daquilo que está na academia. Em uma dança, uma abordagem mais cultural, você consegue traduzir para uma forma mais lúdica e que seja mais fácil da comunidade absorver aquele conhecimento. É algo que deve ser fomentado e aumentado”, acredita.

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Sobre a Singulus

A Singulus nasceu da vontade de artistas independentes produzirem arte crítica, sensível e reflexiva, valorizando a singularidade e especificidade dos corpos presentes na cena. Trabalha com a interdisciplinaridade e as artes integradas, unindo dança, teatro, música, performance, artes plásticas e visuais, circo e literatura; possui forte fundamentação no pensamento contemporâneo.

A Companhia já foi contemplada em editais e chamamentos nacionais e internacionais produziu espetáculos como Klausstrofóbico, Atemporal videoarte, projeto Dissidentes, e no momento está em construção o novo espetáculo: En Cerrado.

A última apresentação do grupo foi no Semana Para Dança, de 2022. O espetáculo Klausstrofóbico teve sete coreografias premiadas, entre elas com o Prêmio Sul-Mato-Grossense de Dança, Edital Sesc Cultura conVida 2020, Festival audiovisual Mônica Herrera - Fav El Salvador, 7° Festival Internacional O Cubo de Cinema Independente em Língua Portuguesa - Europa, Edital Morena Cultura e Cidadania e 1º Festival de Micrometragens de Niterói (RJ).

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