Espetáculo que conta história dos 100 anos da Santa Casa é apresentado amanhã
O espetáculo que conta a história dos cem anos do hospital Santa Casa, o “Santa Casa: 100 Anos de Solidariedade”, será encenado mais uma vez, depois de oito meses de sua concepção, no fim do ano passado, hoje (18), às 19h, no auditório Carroceiro Zé Bonito, no interior da Santa Casa, com entrada gratuita.
A peça é em estilo Teatro Documentário e o texto se baseia no livro “Santa Casa - Patrimônio de Mato Grosso do Sul”, da escritora Vera Tylde de Castro Pinto, lançado em agosto do ano passado. A história remete o espectador a uma viagem ao início do século passado, quando a cidade ainda era o Arraiá de Santo Antônio de Campo Grande.
O fio condutor da encenação é a solidariedade, que impulsionou o nascimento do hospital e, até os dias de hoje, norteia a luta por sua sobrevivência. O povoado com 5 mil habitantes, sem nenhum hospital, num esforço solidário da comunidade, abrigava os enfermos em pensões e casas de família; os pioneiros da ideia e construção do hospital.
O trabalho das Irmãs Salesianas que estiveram de 1920 a 1980 a frente de várias funções e atividades na instituição; a visita do cientista Albert Sabin que deixou mensagens no livro de ouro do hospital e disse que “a Santa Casa era o hospital mais bonito do Brasil”; o patrimônio particular do presidente Arthur D´Ávila hipotecado para garantir a construção modernizada do hospital nos anos 80 estes e tantos outros momentos compõem as 27 cenas distribuídas nos 4 atos da peça, que trazem personagens chave, interpretados por 11 profissionais do hospital.
Os participantes têm 25 a 60 anos e trabalham em diferentes setores do hospital: enfermaria, plantão, serviço social, oncologia, ambulatório, manutenção e atendimento. As diretoras e dramaturgas Andréa Freire e Conceição Leite, responsáveis pelo processo criativo, optaram pela linguagem do Teatro Documentário.
“A história da Santa Casa é a história de Campo Grande, da constituição da cidade, dos primeiros imigrantes e povos que vieram pra cá. A construção deste centenário do hospital tem muito a ver com a cidade e poder pesquisar e transpor isso para o teatro, através do teatro documentário, foi enriquecedor”, pontua Andréa.