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Diversão

Há 19 anos fazendo rir, grupo organiza o 1º Festival de Comédia de MS

Elverson Cardozo | 11/04/2013 06:31
Marcos Alexandre e Pedro Paula Pereira em cena no espetáculo "Conversa pra mais de metro". (Foto: Divulgação)
Marcos Alexandre e Pedro Paula Pereira em cena no espetáculo "Conversa pra mais de metro". (Foto: Divulgação)

O grupo existe há 19 anos em Campo Grande. Os atores, três no total, sempre trabalharam fazendo graça. Produziram, sim, espetáculos “mais sérios”, mas acabaram se tornando “especialistas” na arte de fazer rir.

Defensores do gênero, eles agora querem promover o primeiro festival de comédia em Mato Grosso do Sul. O projeto tem tudo para dar certo. Foi, inclusive, um dos 67 aprovados pelo FIC (Fundo de Investimento Cultural) e recebeu investimento de R$ 33 mil para produção.

O “Indentidade Teatral”, grupo que apresentou a proposta à Fundação de Cultura, quer abrir espaço para outras companhias de teatro que trabalham com o gênero na Capital e no interior do Estado.

A idéia, a princípio, é realizar um festival com cinco peças que serão apresentadas no Teatro Aracy Balabanian, durante o feriado prolongado da Proclamação da República, nos dias 15, 16 e 17 de novembro.

Responsável pela inscrição no FIC, o diretor teatral do “Identidade”, Marcos Alexandre de Melo, de 39 anos, está nos palcos desde 1992. Como ator, coleciona experiência em alguns dos principais grupos de teatro da cidade e já participou de três curtas-metragem. Além disso, é acadêmico do curso de artes cênicas da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

A iniciativa de realizar um festival partiu da própria trajetória. Coincidência ou não, Marcos sempre fez o público rir. Até hoje está em cartaz com o espetáculo “Conversa pra mais de metro”, comédia sócio-política que estreou em 94.

"O rei que não sabia rir", outra peça do grupo. (Foto: Divulgação)
"O rei que não sabia rir", outra peça do grupo. (Foto: Divulgação)

Como 90% das produções da casa foram em cima da risada, “nada mais justo fazer um festival com aquilo que o grupo mais trabalha”, afirmou. Na avaliação do diretor, Campo Grande e Mato Grosso do Sul, ainda não conseguiram “solidificar” produções do gênero. “Existem alguns trabalhos, mas não vão a fundo. Não mergulha. Fazem uma peça e depois mudam”, disse.

A comédia, acrescentou, tem o propósito de divertir, fazer rir, mas vai além e o público precisa entender isso. O mesmo texto que arranca gargalhada também discute as mazelas sociais. Promover um festival assim “é uma forma de fazer com que a comédia não seja renegada e não fique em segundo plano”, considerou.

O Identidade Teatral ainda não abriu inscrições para outros grupos. Isso será feito por meio de edital que deve ser lançado em até dois meses. O diretor adianta que a o evento não terá caráter competitivo e, sim, de mostra.

Os trabalhos inscritos serão julgados por uma curadoria que vai avaliar estrutura, texto e qualidade do material apresentado, além de outros quesitos.

Marcos afirmou ainda que, como o projeto inicial teve corte de R$ 8 mil determinado pela Fundação de Cultura, o festival poderá ser readaptado.

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