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Diversão

Loucos por Fusca não largam o osso nem na hora do sufoco

Para celebrar o Dia Mundial do Fusca, amigos organizaram encontro divertido na Rua 15 de Novembro

Jéssica Fernandes | 23/06/2022 07:05
Encontro de fusqueiros aconteceu na noite de ontem, 22, no Centro. (Foto: Jéssica Fernandes)
Encontro de fusqueiros aconteceu na noite de ontem, 22, no Centro. (Foto: Jéssica Fernandes)

É consenso entre os fãs e donos de Fusca que não é fácil bancar o carro, mas tudo vale a pena para ter um dos veículos mais charmosos que inventaram. Na noite de ontem (22), o grupo ‘Apaixonados por Fusca e Derivados Mato Grosso do Sul’ organizou um encontro no Centro de Campo Grande. O propósito da reunião era celebrar o Dia Mundial do Fusca e, é claro, exibir o charme do carro pelas ruas.

A reunião aconteceu no Blues Bar, às 19h, e contou com a participação de 60 carros e seus proprietários. No momento do encontro, o lado direito da Rua 15 de Novembro ficou repleto de Fuscas com estilos e cores variadas. Para completar a festa da galera, proprietários de Kombis e Variantes compareceram no local.

O grupo, que é o segundo mais antigo da cidade, sempre organiza reuniões e viagens para celebrar a paixão. Nas janelas dos veículos, os adesivos revelam por onde os motoristas passaram com os Fuscas, por exemplo, o 10º Encontro Internacional de Carros Antigos em Ponta Porã.

Smurf é o Fusca 1977 que Luiz adquiriu há oito anos. (Foto: Jéssica Fernandes)
Smurf é o Fusca 1977 que Luiz adquiriu há oito anos. (Foto: Jéssica Fernandes)

Além do nome especial, todo Fusca tem boas histórias. Luiz Paulo Domingos, de 33 anos, é um dos atuais gestores do grupo junto com Cristiano Heleno Silva, de 48 anos, que também é o mecânico oficial do pessoal.

"Nós unimos o útil ao agradável, porque como no domingo vai ter a "Fusqueata". Decidimos fazer a reunião dos amigos, curtir, que é o que a gente gosta. É uma confraternização", explica Luis.

Dono do Smurf, ele trocou a moto pelo Fusca modelo 1977 que o acompanha até hoje. Quando completou 1 ano com o automóvel, Luiz se envolveu num acidente e, por esse motivo, entrou para o grupo. “Eu bati ele na avenida, porque um cara bêbado apareceu e eu acabei com a frente do carro. A partir daí começou minha história, porque conheci amigos e fiz esse carro do zero sem dinheiro nenhum. Faz oito anos que estou com ele e não pretendo vender”, frisa.

No tom bege, Pipoca Mcqueen é cheio de adesivos nas janelas traseiras. (Foto: Jéssica Fernandes)
No tom bege, Pipoca Mcqueen é cheio de adesivos nas janelas traseiras. (Foto: Jéssica Fernandes)

Cleo Ramos nunca pensou em ter esse modelo de automóvel, porém, após participar sem querer de uma reunião entre fusqueiros, ela não resistiu e adquiriu há dez anos o Pipoca Mcqueen. Cleo conta que durante meses tentou comprar outros, mas nunca deu certo. “Toda Fusca que eu levava para ele (Cristiano), ele reclamava, porque estava com algum problema. Ele reprovou uns seis. Um dia achei o Pipoca e ele falou: ‘Esse você pode comprar, se não comprar, eu compro”, lembra.  Questionada se pensa em comprar mais um modelo, ela ri. "Olha, dá muito empenho, muito gasto", afirma.

Ramona Pinto de Souza, de 60 anos, ganhou da filha o Fusca 1974, que batizou carinhosamente de Azeitona. "Minha filha me deu, porque falou que não queria mais ver eu andar de ônibus. Aos pouquinhos fui reformando. Eu já tive outros carros, mas os outros vão passando e ele fica", destaca.

O carro verde com detalhes em branco possui bancos de couro, sendo que o assento traseiro recebeu um capa de crochê confeccionada pela motorista. Ramona e Azeitona dividem as estradas desde 2013 e ela já investiu mais de 10 mil no veículo. Apesar do custo, ela também não abre mão do bom e velho fusquinha.

Ramona ao lado de Azeitona, o Fusca 1974, que foi presente da filha. (Foto: Jéssica Fernandes)
Ramona ao lado de Azeitona, o Fusca 1974, que foi presente da filha. (Foto: Jéssica Fernandes)

Apesar de não ter nenhum Fusca, Juliano Dallacorte, de 39 anos, é participante ativo dos encontros. Proprietário da Tek Frida, a Kombi 1975, ele é 'doente' por carros antigos. Além da Tek, Juliano tem uma Variante 1975, um Buggy 1988 e um Fiat 147. Todos os automóveis são vermelhos e ele jura que isso é uma coincidência. "É tudo por acaso, mas aí ficou um padrão", justifica.

Juliano relata que tudo começou ao ganhar um Fiat 147. "Ele tem uma história, porque foi do avô da minha esposa, então ele está desde 1987 na família. Meu sogro deu de presente para eu cuidar e aí começou os encontros. Vendo os amigos comprando outros carros, fui atrás. Depois da Kombi, veio a Variante e depois outra Kombi, mas vendi essa para comprar o Buggy.

Bem-humorado, Juliano diz que prefere ter outros carros ao invés do Fusca. "A Variante é um milhão de vezes melhor de andar do que o Fusca. Ela é espaçosa, então assim, ela é uma evolução do Fusca", pontua. Apesar da afirmação, ele não nega que um dia pode querer adquirir o veículo da Volkswagen. "Quem sabe um dia. Nunca diga nunca", conclui.

No domingo (26), A Confraria Apaixonados por Fusca e Derivados realiza mais um encontro. A fusqueata acontece às 10h30 com concentração na Rua Prof. Luis Alexandre de Oliveira, famosa como Via Park.

Quem quiser acompanhar o grupo, o perfil no Instagram é @confrariafuscams

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