MP recebe proposta para manter Carnaval, mas folia na Esplanada ainda é incerta
Projeto sugere retorno da festa que era realizada pela prefeitura ao mesmo tempo em que fosse mantido a folia dos blocos na Esplanada. Com duas opções de festa, a medida teria como objetivo evitar a superlotação da região histórica
A decisão sobre a liberação ou o fim da festa dos blocos durante o Carnaval de Campo Grande na região da Esplanada Ferroviária, deve ser decidida nos próximos dias. Pelo menos é o que esperam os representantes dos blocos - assim como os foliões.
Em reunião nesta sexta-feira (11) a secretária municipal de cultura e turismo, Nilde Brun apresentou a promotora Luz Marina Borges Maciel Pinheiro – responsável pela ação que tenta acabar com o Carnaval na Esplanada-, um projeto para desafogar a festa na região da Esplanada.
A proposta sugere o retorno do Carnaval que antes era realizado na Fernando Corrêa da Costa, mas que agora, passaria a ser realizada na Avenida Interlagos. Ao mesmo tempo, seria mantido a folia de blocos como o o Cordão Valu e o Capivara Blasé, na Esplanada.
Com duas opções de Carnaval de rua, a medida teria como objetivo diminuir a superlotação de pessoas na região histórica. No encontro também esteve presente a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), já na função de secretária de Cultura do Estado, assegurando junto a secretária municipal as garantias de que a prefeitura e o Estado, darão apoio para que ambas as festas sejam realizadas.
Em nota, o Cordão Valu, um dos mais tradicionais e que mais recebe foliões no Carnaval, ressaltou o tom de otimismo ao final do encontro. De acordo com a própria secretária de cultura municipal, “a promotora teria ficado bem impressionada com o projeto apresentado”.
Luz Marina, no entanto, não disse quando vai tomar a decisão. A reportagem também não conseguiu contato com a promotora.
Fim da folia - Em setembro do ano passado, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu o fim da realização da festa na Esplanada, alegando risco ao patrimônio, uma vez que a área é tombada.
Representantes dos blocos, o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional do Estado, a Sectur e a Secretaria da Cultura do Estado, na oportunidade, apresentaram defesa, e a promotora Luz Marina ficou de decidir sobre a questão.