Na noite dos avós, varanda de casa vira acampamento para diversão com os netos
A vó Rô e o vô Isa querem aproveitar os momentos com os netinhos e se divertem com as brincadeiras e guerra de travesseiro
“Neto é filho com açúcar, dá para mimar”, justifica Rosângela Lins Almeida. A Vó Rô e o marido, Isaias Almeida sabem bem como fazer isso. Quando as crianças chegam em casa, a varanda onde moram vira o “acampa dentro”. A ideia é aproveitar muito com Maitê, de 2 anos, e Abdo, de 7. “Leio livro, canto, fazemos guerra de travesseiro. Voltamos a ser criança com eles”, conta a avó.
Para ela, é importante participar do crescimento dos netos. “Nossos filhos já estão grandes, mas temos os dois para recomeçar no universo infantil e entender a dinâmica”, comenta Rô. Ela tem 63 anos e apesar de ser aposentada, ainda dá aula para criança e a brincadeira contribui também na sua vida profissional.
O casal aproveitou o espaço de 48 m², com varanda coberta e área aberta. Em noites frescas, sem previsão de chuva, a barraca é deixada ao ar livre, mas quando o tempo não colabora, fica na varanda.
A diversão começa no finalzinho da tarde, quando os netos chegam empolgados e os avós preparam o jantar. Criatividade é o que não falta nesses avós corujas. Em um fogão de lata improvisado é preparado o churrasquinho. “É para eles sentirem o cheiro da fumaça”, explica o Avô Isa.
Foi ele quem teve a ideia de fazer o “Acampa Dentro”. “É uma coisa gostosa e percebemos que eles gostam. A gente procura fazer coisa que não deu para fazer aos filhos. Estão sempre conosco e queremos dar carinho, amor e ensinamos princípios”, conta.
Isa tem 65 anos e relata que acampa desde criança. “Acampava com meus pais e tios desde a infância. Tenho três filhos e para eles, fazia brinquedos, carrinho de rolimã. A gente brincava nos fundos de casa, construímos um parquinho, nos divertíamos. Temos uma relação boa”.
Durante o acampamento, a criançada aproveita para comer fazer e comer algodão doce, sorvete. Os avós deixam os netos a vontade para decidir do que querem brincar. “Eles escolhem os brinquedos e ajudam a montar a barraca. A Maitê gosta do livro do carro Relâmpago MCQueen porque é mais interativo, também fazemos jogos educativos”, relata a vó Rô.
Quando o sono bate, é hora de descansar. Dentro da barraca tem um colchão onde os pequenos dormem com a vó Rô. Já o vô arma a rede na área aberta para dormir. Corujas, os avós acordam durante a madrugada para certificar se está tudo certo com os netos e voltam a relaxar.
No dia seguinte, as crianças acordam cheias de disposição, mas os avós não fazem corpo mole não. “Catamos acerola no pé, tomamos banho de mangueira”, comenta Isa. A brincadeira melhorou ainda mais a relação com os pequenos com eles. “Aqui é a casa deles. Isso fez com que quisessem voltar mais vezes. A barraca está montada e pedem para não desarmar”, completa Rô.
Outra questão interessante do acampamento, é que ajuda também na relação entre os netos. Eles dividem os brinquedos, os avós, a barraca e se divertem juntos. “Se dão bem, são carinhosos um com o outro. A Maitê vive perguntando do Abdo”, finaliza o vô Isaias.