Samba na praça é tradição no José Abrão e programa diferente do domingo
O evento é aberto ao público e acontece aos domingos, a partir das 18h a galera começa a chegar para se divertir entre amigos
O Projeto Amigos da Cinderela realizou ontem mais uma edição na praça do bairro José Abrão com shows ao vivo. A festa que é aberta ao público, se tornou tradição no bairro e faz os moradores de outros locais saírem de longe para curtir o domingão de um jeito diferente. “Moro nas Moreninhas e venho sempre para estar participando, toda semana alguém me convida pra vir. Aqui é o local onde danço, brinco e me divirto bastante”, diz Leonardo Barbosa, que tem 49 anos e é professor.
O evento é tradicional no bairro e é organizado pelo músico Diogo Miranda Corrêa. “Meu pai, Gilberto Corrêa Lopes foi um dos fundadores da região e criou a escola de samba Cinderela na comunidade, mas há dois anos ele faleceu. Estou dando continuidade aos eventos que ele realizava, também para ajudar arrecadar dinheiro no carnaval”, conta.
“Essa festa está acontecendo desde o final do carnaval de 2019. Além da intenção é arrecadar dinheiro, a gente une a comunidade e falar sobre nossa cultura. Ensinamos a tocar percussão, fazemos arrecadação de alimentos não perecível e tentamos unir os moradores para doar sangue”, explica Diogo sobre a proposta do evento.
A festa acontece todos os domingos, a partir das 18h, e conta com apresentações de grupos de samba, como os grupos Humildemente e Catedráticos do Samba. A festa acontece num canto da praça e lota de gente querendo ver, dançar e se divertir. De adulto a criança, as famílias se reúnem no local para aproveitar o momento.
A estudante, Isabela Ramos, participou do evento pela primeira vez e conta como foi a experiência. Ela estava em outra festa quando soube do samba no José Abrão. “Estou há oito meses na Capital, moro no Monte Castelo. Estava em outro evento e alguém comentou sobre a roda de samba nessa praça e quis vir conhecer porque sou do carnaval. Cheguei e já me senti acolhida, são pessoas receptivas e é um lugar gostoso de estar”, conta a estudante Isabela Ramos.
Renata Santana, 32 anos, é vendedora e também comenta sobre o evento. “Vim de Mato Grosso pra cá há um ano. É a primeira vez que vejo a apresentação e me senti acolhida, voltarei mais vezes”.
Quem também esteve pela primeira vez no local foi Abigail Martins, 27 anos. Ela é auxiliar administrativo e entrou na roda do samba e dançou muito. “É uma energia boa, que une as pessoas. Vim pra cá através de um amigo, amo o ritmo, a batucada, é gostoso, um lugar que me identifico”, diz.
Ela estava acompanhada pelo primo, Carlos Alberto de Oliveira. Ele é dançarino, tem 39 anos e afirma que o samba está no sangue. “Moro na Villa Nasser, mas tenho parentes por aqui. É uma grande mistura. Sou descendente de uma comunidade negra, então isso já está dentro de mim. Trabalho com samba a dançar com o samba malandro, o samba está na família”, conclui.
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