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Diversão

Som da Concha terá show da rapper indígena MC Anarandà e Ivan Cruz

As apresentações serão na Concha Acústica Helena Meirelles localizada no Parque das Nações Indígenas

Thailla Torres | 24/11/2022 08:02
"Pehendu Ore NÊ’Ê – Escuta Nossa Vozes" é um show de rap ancestral em que MC Anarandà ecoa as vozes das mulheres guarani e kaiowá .
"Pehendu Ore NÊ’Ê – Escuta Nossa Vozes" é um show de rap ancestral em que MC Anarandà ecoa as vozes das mulheres guarani e kaiowá .

No próximo domingo (27) sobe ao palco do projeto Som da Concha, a partir da 18h, a MC Anarandà com rap indígena e o multi-instrumentista Ivan Cruz. As apresentações musicais acontecem na Concha Acústica Helena Meirelles, localizada no Parque das Nações Indígenas. A entrada é gratuita.

"Pehendu Ore NÊ’Ê – Escuta Nossa Vozes" é um show de rap ancestral em que MC Anarandà ecoa as vozes das mulheres guarani e kaiowá através de suas letras que mesclam português e guarani, com ritos e rezas tradicionais na abertura, um encontro místico que na mescla do trabalho do DJ desperta para uma sonoridade única e uma autenticidade artística e sonora.

Ana Lucia Rossate tem 24 anos e é professora de Guarani, atleta, atriz, locutora na Rádio Indígena da Aldeia Bororó (Dourados), Digital Influencer e acadêmica em Gestão Ambiental na UFGD, mas é, principalmente, Cantora/Rapper e conhecida como Anarandà.

Indígena da etnia guarani-kaiowá nasceu na Aldeia Guapoy, em Amambai, e se mudou para Dourados para ingressar no curso superior e impulsionar sua carreira. Mudou-se para Dourados onde reside com seu filho de 4 anos, e com duas sobrinhas adolescentes, adotivas. Assim divide a carreira profissional com trabalho na casa e tem produzido conteúdo para internet. Atua com atriz, realiza shows e palestras online, sempre falando se seu trabalho musical, ancestralidade, resistência, as dificuldades das comunidades, mas também do talento que existe nas comunidades tracionais. Tem formado parceria com o Brô MCs, primeiro grupo de rap Indígena do Brasil.

Sua carreira iniciou em um festival de música em Amambai, no qual ficou em terceiro lugar e ganhou o prêmio representando a cultura hip hop, estilo rap. Depois nunca mais parou. Já integrou o grupo Refletir MC’s, a convite do indígena kadiwéu e amigo MC Fabio Vogado, e hoje segue carreira solo.

Suas letras autorais tem cunho social, revolucionário de resistência e força feminina em vários aspectos, retratando a violência sofrida pelas mulheres na música.

Com muitos seguidores nas redes sociais, Anarandà está produzindo com direção musical de Vinil Moraes seu primeiro disco robusto com arranjos profissionais, trazendo o protagonismo da mulher indígena na música e na arte da língua ancestral, pois as músicas possuem batidas características do rapper com elementos tradicionais como o MBaraká e o takuapu e cantos de rezas em coro com bases sólidas e harmônica.

O músico multi-instrumentista, Ivan Cruz, tem atuado desde adolescente em diversas áreas da música
O músico multi-instrumentista, Ivan Cruz, tem atuado desde adolescente em diversas áreas da música

Ivan Cruz - Neste show, Ivan Cruz apresenta suas composições instrumentais que fazem parte do primeiro CD e também algumas músicas de uma nova leva de criações. O músico multi-instrumentista tem atuado desde adolescente em diversas áreas da música, porém com o foco principal no violão solo instrumental.

Teve sua formação no estado de SP, onde nasceu. Começou a estudar música em Itanhaém com Eduardo Martinelli, desde cedo já se apresentava em concertos de violão solo e em grupos, e como violoncelista da Orquestra Municipal de Itanhaém pela baixada santista, além da experiência em paralelo com a música popular através de grupos de rock e mpb com quem tocava guitarra, e também já como professor de música.

Em 2020 teve uma composição, chamada “Campanelas”, na programação do 55º FEMUP de Paranavaí -PR, selecionada entre centenas de músicas no País. Também com uma composição foi finalista em 2021 de mais um Festival nacional, dessa vez da Rádio MEC, com a música “Baião Wagão”. Além do trabalho solo mais voltado a música de concerto, atua também em parceria com alguns dos grandes nomes da música instrumental da região, e também com grupos de choro, forró, e MPB.

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