Tradição há 4 anos, grupo vai até Ribas do Rio Pardo só para tomar café da manhã
O ponto de partida é na rua Manoel de Oliveira Gomes, 41, no Parque Pedrossian e o evento é aberto ao publico
“Bate-volta” neste domingo (29) começa no bairro Maria Aparecida Pedrossian, às 8h, e segue até Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande. Já é uma tradição entre amigos. “Isso acontece há quatro anos. Para é trazer pessoas novas para o grupo, fazer amigos e descontrair”, diz o empresário Tiago Ferzeli.
Ele é organizador do encontro que virou programa dos domingos. “Já chegamos a ter nos passeios 200 pessoas. Neste, estão confirmadas 130, mas pode ser que na hora alguns faltem”. O ponto de encontro é na rua Manoel de Oliveira Gomes, 41. “Todos são bem-vindos, independente da cilindrada e do estilo da moto”, completa.
Tiago sempre gostou de moto e pilota há mais de dez anos. “Quando era pequeno, meu pai andava comigo. Dava uma volta na quadra, foi a partir dai que tive a certeza que teria uma pra mim. A moto representa liberdade e é uma sensação de terapia. É o nosso momento de refletir”.
Aos 31 anos, ele sentiu a necessidade de organizar passeios em grupos para espairecer as ideias em outras cidades e conhecer novos lugares. “Já fomos para Sidrolândia, Rochedo. São locais que outros grupos de motos passaram”.
Antes de sair da Capital, ele faz uma reunião dando dicas de segurança para os participantes. “Digo para não ultrapassar em hipótese alguma e conversamos sobre outras prevenções. Aviso como vai proceder à viagem até pegar a rodovia. Mas antes de sair, fazemos uma oração”.
O passeio é só “bate-volta”. Saem de Campo Grande cedo, para estar no destino em uma hora. Por lá, aproveitam para tomar o café da manhã, conversarem sobre motos e a vida em geral. Permanecem no local por mais uma hora e depois retornam para casa.
O passeio é aberto e os interessados podem comparecer ao ponto de partida, na Capital. O administrador, Gilberto Vieira participa das viagens desde o começo. Aos 59 anos, ele também gosta de se aventurar. “Piloto há muitos anos. Estou em grupos de moto e a gente vai se encontrando, conversando, como se fosse todos da mesma vibe”.
Ele é aventureiro e até foi para outros estados pilotando sua fiel companheira. “A moto trouxe liberdade de fazer o que quiser na hora que quiser. Na estrada, sinto o cheiro do mato. É um lazer”, comenta.
Mas, não são homens que participam dos roteiros. As mulheres também vêm ganhando espaço, assim como a aposentada Márcia Vieira. “Vou de igual para igual no meio deles”, afirma. Aos 56 anos, ela sente-se livre e poderosa quando pega a estrada. “Uma mulher na minha idade em cima de uma moto esportiva a 200 quilômetros, nossa. Sinto-me até mais segura do que quando viajo de carro”.
Ela aprendeu a pilotar aos 12 anos de idade e se apaixonou pela adrenalina. Contudo, ficou mais de 20 anos sem se aventurar nas estradas. “Foi porque tive meus filhos, mas voltei há uns sete anos e não parei. Já fui para Gramado (RS), São Paulo, Rio de Janeiro e fiz amizades”.