Além de exercício, mãe e filha descobrem cumplicidade em patinação artística
Relações entre mãe e filha sempre são intensas. Nessa onda de amor, correria e cumplicidade nem sempre há espaço para desenvolver atividades em comum, que tornem esse laço ainda mais especial. Foi pensando em algo que ambas pudessem realizar em conjunto, que Mariana Amaral, 43 anos, decidiu iniciar as aulas de patinação artística ao lado da filha Manuela, de 8 anos.
O que já era bom, ficou ainda melhor. Juntas, elas descobriram uma afinidade e um respeito que vai além da maternidade e se torna mais humano. “É algo muito gostoso, muito bacana, uma desafia a outra, ajuda, às vezes é colega, as vezes é mãe e filha. O bom é que agora nós temos um assunto novo, que a gente não tinha antes. É um novo mundo, assistimos as competições juntas, adoramos”, afirma a mãe.
Funcionária pública, Mariana tem mais uma filha além de Manuela, de apenas quatro aninhos. “Eu coloquei as duas no início, mas a menor, não conseguia acompanhar e acabou se desinteressando. Já a Manuela sempre patinou na quadra de casa, mas não era nada demais, na patinação é algo mais artístico, com giros e saltos. Não é só patinar”, explica.
Para a mãe foi uma surpresa o interesse da mais velha pelo esporte. “Ela adora, quer participar de campeonato. Me surpreendeu um pouco, agora ela quer ver sites, assiste junto comigo tudo, nunca achei que ela fosse gostar tanto. O bacana são os desafios, cada coisa mais difícil sempre vemos como um desafio, você tem que combinar o equilíbrio, tem que ter um pouco de força, buscar algo mais”, descreve.
A empolgação não é exclusividade das duas. André Volnei, 38 anos, professor de patinação artistíca das meninas afirma que as outras alunas experimentam as mesmas sensações. “Tenho mais dez mães fazendo aula junto com as filhas. O legal é justamente a mãe e a filha poderem praticar um esporte juntas e que elas adoram”, explica.
Como professor, André prefere separar muitas vezes a criança da figura materna. “Eu tento trabalhar um respeito diferente das crianças pelas mães. Normalmente elas chegam pensando que com a mãe pode tudo. Quando começa é um tal de mãe para lá e para cá. Tento mostrar que elas são colegas de turma e de certa forma aumenta a cumplicidade delas, se torna um respeito diferente, pela individualidade, que a mãe tem os mesmos direitos e as mesmas obrigações que elas”, indica.
As aulas acontecem em dois locais, no Q1 e no ginásio do Poliesportivo Dom Bosco, sempre de segunda a quinta-feira, em horários diferenciados. Informações pelo telefone (67) 8451-6754.