Aos 88 anos, Yoshiaki garante que gateball é a fonte de juventude
Apaixonado pelo jogo há 28 anos, ele conta que novo objetivo é repassar o gosto para as novas gerações
Há 28 anos, Yoshiaki Aratani se apaixonou pelo gateball, um esporte criado no Japão e, desde então, garante que o jogo é a fonte da juventude. Sendo praticante fiel, aos 88 anos, ele conta que sua maior preocupação é que o gosto não se perca com o passar do tempo e seja repassado para as novas gerações.
De forma resumida, o gateball utiliza taco e bolas numeradas, em uma lógica próxima à da sinuca, com dois times durante 30 minutos. Cada time recebe um ponto por cada bola que atravessa um arco e dois pontos para atingir o ponto central.
Garantindo que o esporte une o esforço físico moderado à necessidade de pensar estrategicamente, Yoshiaki explica que, ao invés de envelhecer, tem rejuvenescido graças ao gateball. “Se não fosse pelos treinos, eu já teria morrido há muito tempo ou ficado em um sofá assistindo televisão com a aposentadoria”, conta.
Por isso, ele relata que enquanto muitos idosos podem se sentir isolados em outros esportes, o jogo de origem japonesa é o espaço de inclusão. “Aqui todos os jogadores participam, independente da faixa etária, todos são os artistas principais”.
O problema é que ao mesmo tempo que o esporte atrai muitos idosos por ser um esporte mais tranquilo, as novas gerações não têm se aproximado tanto. Com isso em mente, Yoshiaki, que é presidente da associação campo-grandense de gateball, conta que, agora, quer repassar o amor pelo jogo japonês para pessoas mais novas e também fora da colônia japonesa.
“Na década de 1990 foi o auge do esporte, mas as pessoas muitas vezes não pensam no dia de amanhã. Nosso caso é diferente porque queremos ensinar para outras pessoas e dar continuidade”, Yoshiaki detalha.
Apesar do jogo ser popular entre descendentes japoneses, ele explica que por aqui a ideia é que toda a população aproveite os benefícios do esporte.
Exemplo de que o jogo é aberto para todos, Cilene Holsback, de 62 anos, conta que não é descendente de japoneses, mas que ganhou uma nova família graças ao gateball. “Já se passaram 20 anos desde quando comecei a aprender. Além de ser divertido, você ainda se integra com pessoas mais velhas e mais novas”.
Além do jogo em si, ela conta que a prática é positiva também pensando em termos de sociabilidade. “Nós fazemos viagens para competições e nos divertimos demais, recomendo muito para quem quiser começar um esporte novo”.
Para quem quiser conhecer mais sobre o esporte e testar os gostos, a associação de gateball se reúne todas as terças, quintas e sábados pela tarde, a partir das 14h, e aos domingos durante todo o dia. Com espaço dedicado ao gateball, os treinos são realizados na Associação de Beisebol e Softbol, na Avenida Senador Filinto Muller, 2.520. Informações sobre custos da associação devem ser conferidas com a associação.
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