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Veja como economizar no azeite que anda custando uma fortuna

Nutricionista também explica sobre como além de gasto à toa, exagerar no azeite pode afetar sua saúde

Por Aletheya Alves | 29/10/2024 06:22
Opções de azeite de oliva disponíveis em supermercado de Campo Grande. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Opções de azeite de oliva disponíveis em supermercado de Campo Grande. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

Os preços dos azeites de oliva seguem nas alturas e, para quem ainda consegue comprar, a dica é não gastar o item à toa, usá-lo adequadamente e, como consequência, economizar. Pensando nisso, o Lado B convidou a nutricionista Victória Ricartes para dar dicas sobre o assunto e explicar o que pode te ajudar.

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Para aproveitar ao máximo os benefícios do azeite de oliva e evitar desperdícios, a nutricionista Victória Ricartes recomenda usar a quantidade correta, entre 3 a 4 colheres de sopa por dia, e evitar o aquecimento excessivo, pois acima de 190 graus, o azeite pode oxidar e perder seus nutrientes. Ela também destaca a importância de escolher um azeite de qualidade, com frasco escuro de vidro, acidez inferior a 0,8% e ingredientes que incluem apenas azeite de oliva, sem adição de outros óleos vegetais.

Se você está acostumado a não medir a quantidade de azeite usado, o primeiro ponto é esse: separe uma colher de sopa ou um borrifador/spray (esse item tem sido vendido tanto em lojas online quanto presenciais, sendo que costuma sair mais barato pela internet).

Isso porque, segundo Victória, usar o azeite exageradamente precisa ser visto da mesma forma que todas as outras gorduras em geral. “Cada grama de gordura possui 9kcal, então, uma única colher de sopa com 10g de azeite pode ter 90kcal. Consumir o azeite em excesso pode levar ao ganho de peso e aumentar o risco de acúmulo de gordura abdominal, que está associado a problemas como resistência à insulina”.

Então, já que o objetivo é consumir o líquido e aproveitar os seus benefícios, há de se atentar. Para quem não sabe ou não se lembra, o azeite possui a gordura monoinsaturada: “protege o coração, é rica em antioxidantes e polifenóis que atuam como agentes anti-inflamatórios”.

Idealmente, o consumo varia entre 15 e 20% das calorias totais diárias, como explica a nutricionista. Em uma dieta média de duas mil quilocalorias por dia, serão cerca de três a quatro colheres de sopa de azeite por dia (entre 33 e 44 gramas). Para aplicar essa medida ao borrifador, a dica é inserir a medida com colheres no frasco e testar.

Inclusive, os borrifadores entram como facilitadores para ajudar na redução do uso das gorduras em geral, de acordo com Victória, já que se espalham melhor. No caso das colheres, a sugestão é pesar o líquido, caso seja possível, para entender a dimensão do seu talher.

Alguns modelos vendidos online e que podem ser usados com azeite. (Foto: Reprodução/Shopee)
Alguns modelos vendidos online e que podem ser usados com azeite. (Foto: Reprodução/Shopee)

Além da quantidade, a profissional explica que há outras questões que devem entrar no jogo. Os azeites, em geral, podem ser aquecidos, mas não superaquecidos.

Na prática, o extra-virgem pode ser submetido a 160 e 190º, dependendo de sua acidez. Mais do que isso, ele pode te prejudicar.

“Abaixo dessa temperatura, ele mantém sua estrutura e benefícios, mas ultrapassando este valor, pode oxidar e liberar compostos potencialmente nocivos, além de perder antioxidantes. No dia a dia, isso significa que para refogar alimentos ele pode ser utilizado, mas não é indicado para frituras prolongadas”.

E, para que tudo isso seja aplicado, você precisa conferir a qualidade do azeite. Sem mistérios, a chave é observar o rótulo e quatro pontos, conforme Victória:

1. Quanto mais escuro o frasco, melhor. “O azeite oxida na presença de luz solar, então os frascos mais claros que permitem a passagem de luz podem prejudicar a qualidade do produto”;

2. O frasco precisa ser de vidro, isso porque o de plástico pode ter pequenas fissuras durante o processo de transporte, armazenamento ou uso. Consequentemente, há entrada de luz e ar, o que pode gerar oxidação;

3. A acidez do produto diz muito: “a acidez do azeite deve ser inferior a 0,8%, indicando um azeite de maior qualidade. Essa acidez não interfere no sabor do produto, mas quanto menor a acidez, mais fresco é o azeite e com mais compostos bioativos, enquanto que quanto mais alta a acidez pode indicar sinal de degradação ou uma produção menos controlada”.

4. Por último, não se esqueça de observar a lista de ingredientes. O azeite extra-virgem deve conter apenas azeite de oliva e nenhuma outra adição. Já o virgem pode ter óleos vegetais, mas perde parte de sua função como os antioxidantes e polifenóis.

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