É o fim de uma era! Zé Gotinha agora será “Zé Picadinha”
Até 4 de novembro a imunização ainda não dói, mas depois a coisa muda para vacina de melhor desempenho
Ainda em 2024 o Brasil deve trocar as gotinhas da vacina oral contra a poliomielite pela picada da agulha. Segundo o Ministério da Saúde, o sistema será oficialmente aposentado em menos de dois meses, até o dia 4 de novembro. O que passa a valer é a vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), injetável. Ou seja, o biquinho de peixe para tomar o imunizante deve ser substituído pelo berreiro na fila dos postos de saúde.
Mas apesar da dorzinha que parece um beliscão, o imunizante que chega ao SUS é considerado mais poderoso. O método antigo contém o vírus enfraquecido e pode provocar o efeito reverso em meio a condições sanitárias ruins, provocando outras doenças por conta com contato direto dos aplicadores com a boca. Como tem aumentado esse tipo de caso, a ciência criou a versão injetável.
A substituição da dose oral pela injetável no Brasil foi recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil.
Mesmo assim, casos de surto em países de condição mais frágil, como Faixa de Gaza, no Oriente Médio, quem voltará à ativa será a gotinha.
Desde o ano passado essa troca total é anunciada. A boa notícia é que dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, não será mais necessária.
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