Em point no Parque das Nações, grupo incentiva a persistência no slackline
Flexiona um pouco os joelhos, pega um ponto fixo lá na frente e vai, um pé após o outro. Essas são algumas orientações para quem sobe em uma fita de slackline pela primeira vez. O esporte tem variações, mas consiste em se equilibrar em cima de uma fita de naylon esticada entre dois pontos fixos.
No domingo, o segundo Slackday reuniu cerca de 50 pessoas, no slackpoint, que fica em frente ao lago, no Parque das Nações Indígenas, em uma tarde onde as nuvens escuras dominaram o céu e a garoa insistiu em cair. O encontro reuniu quem já pratica há algum tempo e quem ainda está começando. Foram armados dez slacklines, divididos por altura, para atender a todo mundo.
A competição marcada para a data acabou não acontecendo por conta do tempo, mas o evento virou um encontrão, com oficinas e troca de informação.
Para quem olha de fora as opiniões variam, mesmo com medo de tentar se equilibrar pela primeira vez, Fernanda Sena, de 32 anos, se rendeu à curiosidade.
“Depois que você tenta, se torna um desafio, você tem vontade de ficar em pé de qualquer jeito. É legal, eu nunca tinha andado, mas vou voltar, procurar saber mais”, garante. Ela demorou tentar, enquanto o marido, Eduardo Sena, de 34 anos, não parou um minuto.
“A gente já tinha visto, mas nunca tinha tentado e aqui foi bem legal. A receptividade das pessoas, paciência em ensinar. Sem falar que é ao ar livre, e você tem que se concentrar. A gente acha que é caro e não é”, comenta o paraquedista, que está morando em Campo Grande há dois mês.
O casal, que estava acompanhado dos filhos e sobrinhos, disse que pretende voltar nos próximos eventos, já que a Adrenaline Slakers, liga esportiva que promove a atividade, planeja outra edição a cada primeiro domingo do mês.
Nos outros domingos a equipe se encontrará para treinar às 15h, no mesmo lugar, é a chance de quem quer conhecer o esporte e conversar com o pessoal que já pratica.
Slackline é tentativa, persistência, é errar e errar, até conseguir. Os benefícios para a saúde vão além do físico, que envolve o fortalecimento dos músculos, e se estende para o desenvolvimento pessoal. O advogado Murilo Mondadori, de 23 anos, comprou seu slack há dois anos, mas foi ahá 8 meses que começou a praticar com regularidade.
“Praticar slackline é um estilo de vida mesmo. Melhora não só a concentração, mas para a gente alcançar nossas metas. O esporte te ensina que não se pode desistir, é preciso ser persistente. E como faz bem para mim, eu quero que mais pessoas descubram isso”, comenta.
Um dos organizadores do evento, o atleta Juliano Maggio, acredita que apesar da chuva ter afastado um pouco das pessoas, o resultado do evento foi um sucesso. “Apesar da chuva, o grupo todo se empenhou, conseguimos montar uma estrutura bacana estávamos preparado para atender a todos. Quem teve o primeiro contato percebeu isso e deu parabéns pela iniciativa, teve um pai de um garotinho lá que queria saber sobre aulas, falou que o filho gostou do esporte e queria que ele praticasse, pois percebeu que era bom para desenvolver suas habilidades. Isso é o que deixa a gente feliz e esperamos que ele volte nos próximos treinos”, diz.
Juliano começou em 2012, com mais seis amigos, desde então promove eventos para fortalecer e popularizar o esporte. A atividade tem algumas variações “Waterline” (sobre água) e “Highline” (acima de cinco metros, com uma cadeira de proteção), “Trickline” (Slackline com manobras), e “Longline” (Slackline de distância longa, normalmente acima de 40 metros), "Yogaline", entre outras variações.
Quem tiver interesse de conhecer um pouco mais o esporte, as reuniões do Adrenaline Slackers acontecem todo domingo, a partir das 15h no Parque das nações. Outras informações estão na fanpage do grupo.