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Faz Bem!

Giulianne não anda, mas só falta voar com apoio de amigos de projeto

Vento no rosto, emoção e sorriso são o pódio da jovem com deficiência

Cassia Modena | 05/09/2023 07:00
Giulianne à frente, sentindo o vento bater no rosto (Foto: Divulgação/Pernas Solidárias)
Giulianne à frente, sentindo o vento bater no rosto (Foto: Divulgação/Pernas Solidárias)

"Parece que estou voando!". É assim que Giulianne Olmedo Garcia, 21, descreve a sensação de correr.

Com paralisia cerebral e sem poder andar, a jovem se realiza pelas mãos e pés de outros. Há três anos, ela completa provas num triciclo conduzido por corredores voluntários de Campo Grande.

A jovem viveu mais um dia de emoção no esporte adaptado no último fim de semana, quando participou da 4ª Corrida do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Sorrisos e vento no rosto marcaram seu percurso pelos altos da Avenida Afonso Pena.

Pela participação, Giulianne ganhou até medalha. Não teve como não se emocionar antes, durante e depois da prova. "Ela fica ansiosa, muito agitada e muito feliz em todos os momentos só de falar em corrida", conta a mãe e dona de casa Catarina Olmedo, 46.

A corredora também já praticou bocha. Mas nada se compara à velocidade e adrenalina da corrida. "Eu gosto mais. Não troco por nada", diz.

Toda alegre, em corrida noturna na Capital (Foto: Divulgação/Pernas Solidárias)
Toda alegre, em corrida noturna na Capital (Foto: Divulgação/Pernas Solidárias)

Projeto social - A jovem com paralisia cerebral pratica o esporte adaptado graças ao apoio do Pernas Solidárias de Campo Grande, que o Lado B já mostrou aqui como funciona. Ela é uma das integrantes mais antigas.

O triciclo é emprestado pelo projeto. São os membros dele quem também cuidam da manutenção periódica, já que é preciso garantir a segurança de todas as pessoas com deficiência que participam.

Para Catarina, o trabalho social é "a verdadeira essência em amor" por ser fonte de alegria para a filha e para dezenas de outros praticantes na Capital. Se não fosse a proposta existir, Giulianne não teria a oportunidade de entrar em contato com a corrida.

Poder correr "mudou tudo" na vida da jovem, ainda segundo a mãe. Hoje ela é mais alegre, mais sociável e conquistou novos amigos.

Giu e dois dos amigos que a corrida deu (Foto: Reprodução/Redes sociais Pernas Solidárias
Giu e dois dos amigos que a corrida deu (Foto: Reprodução/Redes sociais Pernas Solidárias
A corredora já percorreu até 5 quilômetros com apoio de voluntários (Foto: arquivo pessoal)
A corredora já percorreu até 5 quilômetros com apoio de voluntários (Foto: arquivo pessoal)

O esporte também é para pessoas com deficiência. "Ninguém disputa com ninguém. Ninguém perde assim. É inclusão", finaliza a mãe.

Na página do projeto no Instagram é possível conhecer mais e saber como ser dupla de uma pessoa com deficiência ou participante.

Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).

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