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Meninas calçam os patins para primeiras batalhas de roller derby na cidade

Paula Maciulevicius | 24/07/2016 07:15
Jogo é feito entre meninas, com homens como árbitros e dura 30 minutos. (Foto: Alcides Neto)
Jogo é feito entre meninas, com homens como árbitros e dura 30 minutos. (Foto: Alcides Neto)

Por aqui o esporte não é muito conhecido não, mas quem pratica trata de chamar até os amigos para acompanhar. O público garante que tem emoção em só assistir. Neste sábado, o Lado B acompanhou o jogo aberto da liga "Meatmachine", de roller derby de Campo Grande.

Fundadora da liga no Estado, Jaqueline Mesnerovicz, de 29 anos, trouxe o esporte para cá depois de assistir um filme e desde então já se passaram três anos. "Pesquisei na internet, porque é uma coisa originária dos Estados Unidos, lá fora tem bastante, em Mato Grosso do Sul não tinha nada, mas pensei se tiver pelo menos nacional, posso montar uma liga aqui", conta. 

A quadra de esportes da Rua Maranhão recebe treinos aos domingos e também durante a semana. No sábado, eram dois jogos, um para iniciantes e outro para quem já pratica há algum tempo. A liga "Meatmachine" tem 18 pessoas no total, entre homens e mulheres.

Fundadora da liga "Meatmachine" no Estado, Jaqueline se interessou pelo esporte depois de ver um filme. (Foto: Alcides Neto)
Fundadora da liga "Meatmachine" no Estado, Jaqueline se interessou pelo esporte depois de ver um filme. (Foto: Alcides Neto)

E o jogo ocorre assim, na pista oval, com cinco jogadoras em cada time. "Quatro são bloqueadoras e uma é a pontuadora, não tem bola e nem nada. Quem marca o ponto é a pontuadora, caracterizada por essa toca", explica Jaqueline.

Cada vez que a pontuadora passa o bloqueio adversário, marca pontos. "Cada bloqueadora que ela passa legalmente, conta um ponto. No final do jogo, quem tiver mais, ganha", ensina Jaqueline. No total, são dois tempos de 30 minutos divididos em "shifts" de dois, quando há troca e quem está no banco, vem para a pista.

A ideia de abrir o jogo para interessados em acompanhar e conhecer o esporte, surgiu agora. "A gente nunca abriu e por que não fazer um jogo e chamar as pessoas para assistir? É um esporte completamente diferente de tudo o que todo mundo já viu por aqui", comenta a fundadora da liga.

Estudante, Luciana Lopes, de 27 anos, descobriu a liga pelo Facebook, mandou mensagem e quis conhecer. "É muito bom, tira o estresse", conta. O namorado às vezes vem assistir. "Você vê que as pessoas se esforçam para pontuar, mas não é só força, tem que ter habilidade e muito conhecimento das regras", afirma Thiago Ruiz, também estudante, de 27 anos.

Lauriane assistiu irmã e sobrinha jogando e compara esporte ao futebol americano, sem bola. (Foto: Alcides Neto)
Lauriane assistiu irmã e sobrinha jogando e compara esporte ao futebol americano, sem bola. (Foto: Alcides Neto)

De Curitiba, essa foi a primeira vez que Lauriane Assumpção, de 39 anos, assistiu irmã e sobrinha sobre as rodas. "Não conhecia e fiquei interessada. Tem emoção de acompanhar sim, é um negócio, todo mundo empurrando, é como se fosse um futebol americano, mas sem a bola", compara. Se dá vontade de entrar? Ela responde que tem medo. "Elas caem com tudo no chão", brinca.

Estudante, Daniel Almeida Machado, de 22 anos foi junto da amiga Mariana Sayuri, para assistir a turma. "Vim matar a curiosidade e ver minha amiga. Emociona a gente acompanhar ao vivo, apesar de não entender direito as regras. Você fica torcendo e vê elas se jogando. É uma emoção tanto psicológica, quanto física", descreve. Para Mariana, o esporte vai além. "Fortalece principalmente a mulher, ele é para meninas, é um empoderamento, a quebra do estereótipo de fraqueza", frisa.

Quem quiser conhecer mais do esporte, pode procurar pela página no Facebook: Meatmachine.

Quem assiste, descreve que partida é emocionante. (Foto: Alcides Neto)
Quem assiste, descreve que partida é emocionante. (Foto: Alcides Neto)
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