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No Dia do Sexo, tem de comemorar, difícil é romper tabus comprando um vibrador

Thailla Torres | 06/09/2016 07:28
Esse por exemplo tem formato semelhante a uma colher, é a prova d'agua e custa R$ 950,00. (Fotos: Thailla Torres)
Esse por exemplo tem formato semelhante a uma colher, é a prova d'agua e custa R$ 950,00. (Fotos: Thailla Torres)

A busca pelo felicidade tem de ser comemorada hoje, no Dia do Sexo. E o presentinho para a data especial pode estar nas prateleiras de um sex shop ou boutique erótica, basta se soltar. Mas na hora de encarar esse tipo de compra, tem gente que trava e não segue adiante. Falta liberdade para quebrar a vergonha e deixar o prazer rolar, de maneira saudável.

“Teve uma mudança grande de comportamento de 10 anos pra cá. Antigamente quando uma pessoa chegava no Sex Shop, nem sabia o que queria ou sentia vergonha. Hoje, vejo a diferença com exemplo de clientes que não se importam em sair com a embalagem da loja na mão. Estão ficando mais abertos”, explica Josi Braga que está há 12 anos no mercado erótico e é proprietária da Afrodite.

É preciso delicadeza na hora do atendimento, porque a presença de outra pessoa na loja é o fator determinante. “Eu sinto que não é nem a aparência dos produtos, mas a presença de outras pessoas é os deixam inibidos. Depois vem o grande tabu com os vibradores”, diz Josi.

Mesmo assim, o brinquedo é campeão de vendas, geralmente, guardado a sete chaves. O produto gera risadinhas, olhar torto, mas abre questões muito mais complexas, como a sexualidade feminina. “O receio vem por conta da masturbação que por muito tempo foi o maior tabu entre as mulheres. Mas hoje é um acessório que pode ser importante para ele ou ela”, comenta a empresária.

Até o tamanho do dito cujo é fator para as neuras. ”Às vezes, a mulher acaba comprando em formato menor para não ofender o parceiro em relação ao tamanho. Eles tem esse tipo de preocupação, o que é desnecessário, porque o brinquedo é para estimular a saúde sexual, seja em conjunto ou sozinho”, define Josi.

Karina Brum, sexóloga e proprietária da Labareda, lembra que a cultura manda muito quando o assunto é liberdade sexual. “O vibrador é um tabu em cima da sexualidade, diante da cultura e da educação que temos. Vivemos em uma sociedade machista, infelizmente. Existem pais que são tranquilos e conversam sobre a sexualidade de maneira clara com os filhos. Mas a maioria, quando se fala masturbação, só parece normal para homens. Para a mulher, ela carrega a dor de que não pode ou é proibido. Então, se eu tenho um vibrador, isso quer dizer que eu me permito é aí que surgem os receios”, descreve Karina.

Por isso surgiram vibradores cada vez mais sofisticados e modernos. Para atender a todas as escolhas. O que vem fazendo sucesso são os brinquedos de luxo. “Por que de luxo? Realmente porque eles são mais caros, são bivolts e tem um design diferente do popular pênis, que também vende muito com as pessoas bem resolvidas que não sentem problema em comprar no formato comum. Mas os tímidos ou envergonhados, prezam pelo sigilo”, explica a sexóloga.

Outro detalhe é a reserva por conta dos filhos. “Hoje o design diferenciado atende o público que tem filhos menores. Se acontecer de alguém ver o brinquedo, dificilmente vai saber que é um vibrador”, comenta.

Camuflados - E tem para todos os gostos, tamanhos, cores e modelos. Quem olha para um pincel de blush ou batom, que são alguns dos modelos mais simples, nem imagina que eles podem fazer a pessoa ir à loucura. O preço é bem variado, vai depender do tamanho e da marca escolhidos pelo cliente, o que pode variar de R$ 50,00 a R$ 800,00. 

Já na Labareda, tem brinquedos que variam de R$ 60,00 a R$ 1.600,00. “Temos um modelo que apelidei de “Magaiver”, porque ele é completo e esse nunca sai de moda, gira, sobe, desce e vibra. É especial”, detalha Karina.

Tem também os de controle remoto, que são lúdicos na visão de sexóloga. “Não tem como o casal não enlouquecer feliz, é um X-box do prazer. Esse, indiscutivelmente, também faz sucesso. Assim como os anéis penianos que nunca saem de moda”.

Entre as opções de cada local, a linha luxo é a prova d’agua e os vibradores chegam a ter 30 tipos de vibração.

E não para por aí. Para quem é alérgico aos materiais normalmente usados, tem vibrador de ouro especial, que chega a custar R$ 20 mil. “As pessoas perguntam qual é a necessidade de algo tão caro, mas realmente essa linha surgiu para os alérgicos ao silicone e também quem acha bacana, acaba aderindo. Mas aqui, só vendemos a partir de encomendas”, esclarece Karina.

Mas antes de qualquer escolha, na palavra da especialista, o Dia do Sexo tem uma importância ainda maior. "Não tem que ser visto somente como data comercial, mas como um dia de saúde. Vida sexual ativa e de uma maneira que satisfaça também, é benefício para saúde, por isso é também um momento para comemorar o entrosamento entre o casal. É a qualidade de tempo dedicada a pessoa que você se relaciona", conclui. 

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Modelo com design moderno e controle remoto, sai por R$ 1.250,00.
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Vibrador em forma de patinho também faz sucesso. Custa a partir de R$ 300,00.
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Silencioso e com mais de 30 tipos de vibrações, custa R$ 780,00.
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Vibrador de ouro chega a custar em média R$ 20 mil e só é vendido sob encomenda.
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