Cliente é quem finaliza picanha na mesa em bar aberto por amigos de cozinha
Bar abriu na esquina da Eduardo Santos Pereira com a Brasil
Depois de muito passar ali na frente e se deparar com uma placa de "aluga-se", a dupla de cozinheiros que ficaram amigos - Roberto e Jorge - decidiu por em prática um sonho de anos, de abrir o próprio bar. Caminho dos dois, a esquina das ruas Eduardo Santos Pereira e Brasil, no bairro São Francisco, em Campo Grande, foi reformada para receber o "Maó", boteco que promete mandar picanha ao ponto para a mesa e o cliente quem decide como quer apreciá-la.
Aberto na semana passada, foram quatro meses de obra e mais os trâmites para abrir a casa. A ideia é ser boteco e o forte é a cozinha. Os dois já faziam curso de culinária no Senac, mas vieram a se cruzar mesmo na gastronomia do bistrô Les Amis e do Hotel Deville. Desde então, nasceu uma amizade para depois vir a sociedade.
Paulistas, Roberto vinha da área de comércio e Jorge foi bancário. "Foi a vontade, o gosto pela gastronomia", explica Roberto Sacramento, de 41 anos, sobre a mudança de ramo.
O local tem detalhes em tijolinho à vista, bancada pronta para servir feijoada aos sábados e uma calçada prestes a ganhar, no final do dia, mesas e cadeiras de boteco. No cair da noite, as luminárias deixam o ambiente bem charmoso. O projeto de reforma veio da arquiteta Letícia Rocha.
Nome - "Maó" fala muito sobre a proposta do bar e o que promete ser o diferencial. "É uma cidade catalã onde foi inventada a maionese. Pelo menos é uma das versões para origem dela e nosso cardápio é baseado em molhos, além dos tradicionais, que acompanham as porções e os sanduíches", explica o sócio, Jorge Campos, de 34 anos.
"Temos geleia de pimenta com alho negro, o próprio molho pomodoro rústico", exemplifica Jorge. O cardápio tem de tudo um pouco e brinca com nomes. A começar pela linguiça Guarânia, produção regional, nos sabores pequi e provolone que se chama "É do sul", um complemento que sempre é feito quando dizem que aqui é Mato Grosso.
Na lista, o torresmo vira "Porco ralado" e a isca de tilápia, "O nadadó". Há pastéis, porções de bolinhos tradicionais de boteco, a partir de R$ 19,00 e sanduíches que apesar de não levaram o "plus" gourmet, mostram sabores mais refinados, com preços entre R$ 25,00 e R$ 28,00.
"Na inauguração, o Bandido burguer foi um dos mais pedidos, de creme de queijo e farofa de bacon", destaca Roberto. É ele quem chega à mesa com a geleia de pimenta com alho negro. Seguindo o menu, tem também sanduíche de ragú de costela e um que além de ser voltado ao público que não come carne, ainda é solidário.
"Por enquanto o Sanduba Ammar ainda é só vegetariano, mas queremos fazê-lo vegano. Ele leva shitake e abobrinha e uma parte do valor dele é destinada à ONG Ammar CG, de proteção animal", completa a dupla.
Mas a picanha é que deve ter a maior saída. Meio quilo da carne é servido no rechaud e o cliente quem comanda o ponto. "Ela vai selada, temperada e mal passada. Na mesa o cliente escolhe o ponto que ele quiser, ele quem termina ela", explica Roberto. A porção que pode servir até três pessoas, custa R$ 69,00.
Por enquanto o cardápio de cerveja é que ainda está pequeno, só com a linha Eisenbahn long neck e Baden Baden e sem opção de chopp. "Não temos exclusividade com nenhuma marca e ainda vamos implementar. Estamos esperando também sair mais chopes", justificam os donos.
O bar abre de segunda a sábado, na Rua Eduardo Santos Pereira, 1296.
Curta o Lado B no Facebook.