Com fama de conselheiro, dogueiro permanece há 17 anos em frente a universidade
“O tempero do molho é o atendimento”. Assim o "dogueiro" Valdir Rodrigues define o lanche que há 17 anos alimenta acadêmicos da Universidade Católica Dom Bosco.
Na calçada da Universidade, anualmente, são vendidos 50 mil lanches, contabiliza Valdir, que além do cachorro quente, tem a oferecer bons ouvidos aos estudantes.
Festas de formatura e até noivado, são convites que surgem, em agradecimento pela paciência em ouvir e aguentar as brincadeiras diárias dos acadêmicos. “Virei conselheiro", explica.
No bate-papo das noites na universidade, o estudo é a pauta habitual. "As reclamações de DP e exames são os mais frequentes”.
No último domingo, a acadêmica do 3º período do curso de administração, Thalita Ventura, de 19 anos, ficou noiva do empresário Douglas Eduardo, de 21 anos e, claro, o convite ao dogueiro não podia faltar, “Desde que eu entrei na faculdade venho aqui todos os dias. Chego mais cedo e ficamos conversando”, diz a noiva.
Tem também aqueles que mesmo depois de anos de formados continuam a frequentar o local. A administradora Alessandra Martins, se formou em 2009, mas continuou trabalhando na Universidade e o lanche nunca mais saiu do cardápio. “O lanche é bom, mas o que fideliza o cliente é a simpatia”, garante.
História - Na hora do aperto, é quando surge as melhores ideias, então Valdir montou o carro de cachorro quente pensando na praticidade e baixo custo que o lanche tem, já que são apenas 30 minutos de intervalo.
A prática rendeu ao ambulante a fama de cachorro quente mais rápido. Para montar 5 lanches ele leva 1 minuto.
O preço também é bom, dizem os estudantes, R$3,50. Para quem não estuda, mas quer conhecer o "tio do cachorro-quente" como é conhecido, ele começa a vender o lanche às 18 horas, em frente à entrada principal da UCDB na avenida Tamandaré.