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Sabor

No pé da serra, família serve peixe e paisagem linda é cortesia da casa

Casa centenária virou café e restaurante, que agora recepciona turistas na estrada de Piraputanga

Bárbara Cavalcanti | 05/10/2021 07:45
Restaurate fica bem no pé da Serra de Maracaju, à beira da estrada. (Foto: Marcos Maluf)
Restaurate fica bem no pé da Serra de Maracaju, à beira da estrada. (Foto: Marcos Maluf)

Piraputanga, distrito de Aquidauana, fica a 122 quilômetros de Campo Grande. E alguns quilômetros antes de chegar no centro, o Serra Verde Restaurante e Café é o primeiro local a recepcionar o viajante na beira da estrada.

A vista da Serra de Maracaju é deslumbrante. Bem atrás do restaurante, é possível contemplar as formações rochosas. Dali também dá para ouvir o barulho das águas do Rio Aquidauana, que fica apenas no outro lado da rodovia e tem espaço raso para um mergulho nos dias quentes.

A casa é centenária e os proprietários são a família Jôsi Irene Araújo de Oliveira, de 43 anos, o filho, Emerson Flavio Araújo Martins, de 11 anos e o marido, que prefere ficar apenas nos bastidores. Natural de Campo Grande, agora ficam mais tempo em Piraputanga devido ao restaurante e também porque gostam da região.

O local foi inaugurado há poucos meses, mas ainda está em expansão. A decoração foi mantida no estilo rústico, típico da região. Em partes, a base de pedra original que foi preservada fica à mostra. Todas as mesas ficam do lado de fora, na varanda.

Decoração é simples, rústica e com partes da pedra original da estrutura à mostra. (Foto: Marcos Maluf)
Decoração é simples, rústica e com partes da pedra original da estrutura à mostra. (Foto: Marcos Maluf)

Além da parte da comida, há também um espaço reservado para crianças brincarem, um redário e até um pequeno mirante, que foi construído no andar de cima para quem quiser admirar a Serra.

“A natureza abraçou a gente. A recepção das pessoas foi incrível. No fim de semana, principalmente, vem muita gente de Campo Grande para almoçar e para tomar banho de rio”, detalha Jôsi. O local virou “point” de encontro de grupos de motociclistas, ciclistas e de famílias em busca de uma programação diferente no fim de semana.

Do mirante do andar de cima do restaurante, é possível contemplar a natureza. (Foto: Marcos Maluf)
Do mirante do andar de cima do restaurante, é possível contemplar a natureza. (Foto: Marcos Maluf)
Trecho do rio onde é possível tomar banho, próximo ao restaurante, do lado oposto da rodovia. (Foto: Marcos Maluf)
Trecho do rio onde é possível tomar banho, próximo ao restaurante, do lado oposto da rodovia. (Foto: Marcos Maluf)

Na cozinha, dois chefes ficam responsáveis pelo cardápio. Janete Santos Cachos, de 58 anos, é a especialista em peixes e Amaral Fermino, de 49 anos, em carnes. No quesito peixe, há opções de filé de pintado a parmegiana, ao molho branco e ao molho urucum, além duas variedades de moqueca de filé de pintado, uma delas com camarão rosa.

“Trabalhamos muito com pacu e pintado. Fazemos tudo com produtos naturais e caseiros. Fazemos até adaptações sem leite e ovo para quem tem restrições alimentares”, detalha. Janete é sul-mato-grossense, mas se especializou em peixes em Ilha Bela, São Paulo.

Porções generosas de filé de pintado, com pirão de peixe e acompanhamentos. (Foto: Marcos Maluf)
Porções generosas de filé de pintado, com pirão de peixe e acompanhamentos. (Foto: Marcos Maluf)
Filé de pintado com molho a parmegiana, feito com molho caseiro preparado no local. (Foto: Marcos Maluf)
Filé de pintado com molho a parmegiana, feito com molho caseiro preparado no local. (Foto: Marcos Maluf)

Amaral também tem extensa experiência com carnes. No restaurante, trabalha principalmente com carne do Angus. “Um diferencial aqui, é que o corte da picanha é generoso. Normalmente, as picanhas servidas são mais fininhas, mas aqui, é mais grossa de propósito”, ressalta.

Quem não quiser ir embora no mesmo dia, ainda pode ficar hospedado no local. O restaurante oferece duas suítes simples, com cama de casal, ar-condicionado e televisão. É necessário checar a disponibilidade com antecedência.

Uma ideia futura é estruturar melhor a parte do banho de rio para os clientes. Para acessar a água, ainda é preciso passar entre madeiros improvisados como degraus. Entre os bambuzais, a areia branca dá a sensação de prainha na beira do rio. “Ainda precisamos da licença do Imasul para conseguir melhorar aqui. Mas nada impede de dar um mergulho no rio”, acrescenta.

O Serra Verde Restaurante e Café fica às margens da rodovia MS-450, no Km 20. O horário de funcionamento é a partir das 7h, com almoço às 11h. Mais informações estão disponíveis no telefone (67) 99157-0122.

Picanha do Serra Verde tem um corte mais grosso do que as da região. (Foto: Marcos Maluf)
Picanha do Serra Verde tem um corte mais grosso do que as da região. (Foto: Marcos Maluf)

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