Pão com linguiça e comida mineira se únem a ingrediente pantaneiro em petiscaria
O casamento de Mato Grosso do Sul com Minas Gerais não deu certo apenas com a união dos empresários Telma Santos Ferreira, de 34 anos, e Leonardo Ragaglia, de 30 anos. Na culinária também tudo caminha junto. Há 8 meses, o Bairro Nova Campo Grande tem uma petiscaria que traz no cardápio a mistura dos temperos e ingrediente dos dois estados.
Um dos lanches mais pedidos é genuinamente mineiro: o pão com linguiça. O prato é feito com linguiça caseira de porco - comprada no Mercadão Municipal, queijo e pão de hambúrguer, e custa R$7,90. Apesar de parecer simples, desses lanches preparados em casa, quem experimenta afirma, "Da vontade de comer sempre mais, o tempero forte é bom demais", é o que comenta a secretaria Valdecy Lima, de 25 anos, moradora do bairro.
Há dez anos morando em Campo Grande, Leonardo que é de Leopoldina, chegou à capital e foi morar em um dos bairros mais afastados da cidade: o Nova Campo Grande. Logo notou uma das principais reclamações dos campo-grandenses: a centralização de bares e restaurantes. "Não tem opção aqui, tem que sair do bairro e ir até o Centro para encontrar bons lugares", reclama. Pensando nisso, abriu a petiscaria "Praças", em frente a praça do bairro, que hoje está desativada.
A comida é mineira, mas quem coloca a mão na massa é a esposa, uma campo-grandense. Ela conta que teve de aprender a cozinhar e a carregar a mão no tempero, como manda a cozinha do outro estado. Telma se encantou pela cultura do esposo, mas as raízes cultivadas no Mato Grosso do Sul ganharam homenagens em forma de comida, com o prato "Pantaneiro".
Quando não tem nada pronto em casa, e fome é grande, quem nunca fez o famoso "mexidão"? Com tudo que tem na geladeira. Na petiscaria, o prato mineiro, ganhou toque pantaneiro e é um dos mais pedidos na casa.
A carne de panela foi trocada pela típica carne seca e de resto leva farofa, feijão, arroz, ovo. A porção vendida na petiscaria serve duas pessoas e custa R$ 14,90.
E até quem é mineiro aprova as modificações nas receitas, como a empresária Elaine Aparecida de Sousa Leal, 30 anos, e o marido, o militar Virgílio Leal Maria Neto, 34 anos. De passagem pela capital, os dois foram provar a
comida da terra e gostaram. "Está igual, não deixa a desejar em nada. Ficamos mais perto de casa", afirmam.
Outro prato especial é o bolinho de carne seca. O petisco não é novidade, mas na casa o preparo é bem diferente dos costumes locais. Ao invés do bolinho ser recheado, a carne é misturada com a massa de mandioca, como manda a boa tradição sul-mato-grossense. A porção com 12 unidades é vendida a R$15,90.
Para fazer a receita, siga os ingredientes dos bolinhos:
1kg de mandioca cozida e amassada ainda quente.
2 colheres de manteiga
1 ovo
1 pitada de fermento em pó
1 colherinha de sal (café)
1/2 xícara de farinha de trigo.
300 gramas de carne seca cozida e desfiada.
250 gramas de catupiri.
Modo de preparo: Cozinhe a mandioca, depois de cozida misture manteiga, ovo, sal, fermento, carne e a farinha. Misture todos os ingrediente até dar o ponto de massa e recheie com o catupiri. Feche a bolinha passe na clara e na farinha de rosca e depois e frite em óleo quente.
A petiscaria funciona de terça-feira a domingo, a partir das 18 horas, e fica na rua Sessenta, 76.