Para atiçar os gulosos, sabor que agora faz sucesso é o “bolo tsunami”
Com o sonho de abrir uma doceria, primas apostaram tudo no bolo da modinha que derrama uma avalanche de recheio açucarado
As primas Pollyana Cazuza e Miriam Nassar Stein Ribeiro, de 31 anos, não são confeiteiras profissionais, mas sabem causar quando o assunto é doce. Elas bombam com os bolos "tsunami" – receita da modinha que explodiu nas redes sociais durante a pandemia de covid-19 – e preparam em casa as iguarias feitas com açúcar e afeto, que também é herança da avó querida.
"Nossa vó Margarida foi uma boleira de mão cheia. Fazia bolos lindos e deliciosos para complementar a renda, e foi ela quem nos ensinou tudo. Por causa dela, sabíamos só pelo cheiro quando a massa não estava pronta", relembra Pollyana.
Graças ao preparo dos bolos, Miriam já está até com dúvidas se volta no ano que vem para o último ano da faculdade de Medicina que faz em Ponta Porã – trancou sua matrícula no início da pandemia e veio direto para Campo Grande. O gosto pela confeitaria tomou tal proporção em sua vida que o sonho agora é dividir com a prima uma doceria própria.
"O que fazemos pode não mudar o mundo, mas pelo menos adoça o dia de alguém. Não consigo mais pensar em outro futuro a não ser abrir uma lojinha só nossa", afirma Miriam.
Tudo começou por ela mesma, quando viu no feed do Instagram um bolo diferente, daquele tipo que todo brasileiro mais adora: com muito recheio e cobertura. "Não tinha como ver e não ficar babando babando", disse. Era exatamente o empurrãozinho que precisava.
Miriam chamou Pollyana, que topou na hora. Originalmente, o plano era para ter sido colocado em prática só no ano que vem, mas por insistência de amigos e familiares desejando experimentar o bolo "tsunami", as duas aceleraram as vendas. No último dia 10, inauguraram o perfil do Instagram da Adocei.
"É um bolo naked cake cheio de camadas. Ele vem envolto por um plástico que, quando removido, a cobertura se derrama por inteira, parecendo uma avalanche ou tsunami. Daí o nome. Naqueles minutos de puxar o acetato e a cobertura dar seu show delicioso, parece que tudo fica mais divertido. É empolgante!", confirma Pollyana.
Os sabores são de acordo com o gosto do cliente, feitos apenas sob encomenda. Por meio de um catálogo virtual, é possível escolher o bolo personalizado em apenas quatro passos: primeiro a massa, depois o recheio, na sequência o tal do "tsunami" e por último uma dupla camada de toppers.
O tamanho padrão vem com aproximadamente 2 kg (que serve em média 17 fatias) e sai por R$ 100,00. Unidades também são vendidas por R$ 53,00 o quilo. Ainda, a opção da entrega opcional com a "caixa explosão" sai a R$ 20,00, uma maneira visual de aguçar ainda mais a experiência do doce literalmente como um presente.
Pollyana não cansa de elogiar a prima que, assim como ela, também é uma apaixonada por confeitaria desde que aprenderam juntas com a avó. "Há muito que ela vem com a ideia de fazer doces, mas a vida foi passando, as demandas aumentando, e nunca colocamos em prática. Precisou de uma pandemia para fazer dar certo. Nossa memória é demais de afetiva ao lembrar os tempos que passamos com a vovó Margarida. E Miriam sempre teve um dom natural para os doces, é realmente inacreditável. Só tenho a agradecer", finaliza.
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