Saltenha de camarão com moranga é aposta de casal para driblar crise
A produção de saltenhas começou para realizar viagem do sonho e deu tão certo que Wanessa e Douglas decidiram criar novos sabores
As vendas que começaram para realizar o sonho de viajar, hoje se tornaram fonte de renda do casal, Wanessa Forner e Douglas Queiroz, em Campo Grande. Eles apostaram na produção das “Saltenhas Queiroz” para conhecer a França e Itália em 2018 e, após retornar à Capital, se reinventaram com sabores diferentes, como camarão com abóbora moranga.
“Criamos a saltenha de camarão com abóbora moranga que está ganhando o gosto dos clientes”, conta Wanessa. Ela tem 32 anos e entrou em contato com o Lado B para falar da experiência na produção e como tudo se tornou realidade.
Durante o bate-papo, Wanessa relata que começou a namorar Douglas, 25 anos, em 2016. Na época, tinha vontade de viajar para o exterior e, como o romance estava dando certo, convidou o namorado para acompanhá-la na aventura.
“Sempre tive um sonho de conhecer a França e quando surgiu a oportunidade, nós dois já estávamos namorando. Queria muito que ele fosse comigo. Mas, como dois estudantes universitários, não tínhamos dinheiro. Então, Douglas resolveu começar a vender saltenhas pra conseguir me acompanhar na viagem”, lembra.
A mãe de Douglas era quem sabia fazer os salgados, mas não era para comercializar. “No início, ela ajudou e com o tempo, ele foi aprendendo”, recorda. As produções deram certo e logo as vendas começaram a fluir.
Aos poucos, o casal conseguiu economizar e realizar a tão sonhada viagem, no início de 2018. “Durou um mês, pois minha irmã tinha ido morar lá em Lyon [cidade da França]. Fomos eu, ele e minha mãe. Conseguimos conhecer algumas cidades da França e também da Itália”.
Foram dias de aventura, surpresas e muita alegria, mas infelizmente chegou ao fim e eles tiveram que retornar para Campo Grande. Após desembarcarem na cidade, retomaram a rotina e estudos. Wanessa entrou no curso de Odontologia e Douglas em Engenharia de Produção.
Contudo, como as vendas das saltenhas deram certo antes da viagem, que os dois decidiram continuar a produção dos salgados e fizeram até o curso de manipulação de alimentos. “Começamos a investir nas saltenhas como fonte de renda’.
Criaram a “Saltenha Queiroz” e, não demorou muito, o casal resolveu inovar nos sabores, criando novas opções para o cardápio. “Criamos a saltenha de carne seca com purê de mandioca, de linguiça caseira com mandioca e proteína de carne de soja. Estamos aprimorando também uma nova receita, de carne de avestruz com creme de couve-flor”, diz Wanessa.
Além das invenções, o casal tem contado com o apoio da família para divulgação das saltenhas. Também estavam comercializando os salgados durante os eventos que ocorriam na Praça da Bolívia. “Já tinha até fila para comprar. Lá era nosso carro-chefe em vendas, mas estamos conseguindo driblar tudo isso tentando inovar”, relata ela.
Desde que começou a quarentena para evitar a propagação do coronavírus, as vendas passaram a ocorrer mais pelo aplicativo de comida, IFood, e também por encomendas via WhatsApp.
Para quem nunca experimentou os salgados, Wanessa diz. “São suculentas, cremosas, pois fizemos adaptações até chegar nesse ponto. A massa bem fininha e com bastante recheio, garante uma refeição. Com certeza, quem comer vai se deliciar, não apenas com o sabor, mas também com aquele gostinho de carinho, de lembranças e aconchego quentinho, que aquece o estômago e o coração”.
Serviços - As encomendas podem ser realizadas pelo WhatsApp (67) 9 8117-2082.
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