Exportações da agroindústria de MS ultrapassam os US$ 4 bi até agosto
Papel e celulose, produtos frigoríficos e óleo vegetal respondem por 76% das vendas externas do Estado
A receita de Mato Grosso do Sul com a exportação de produtos agroindustriais alcançou, em agosto, US$ 585,2 milhões, indicando crescimento de 12% em relação ao mesmo mês de 2023, quando o valor ficou em US$ 521,3 milhões. Esse foi o melhor resultado já registrado para o mês de agosto em toda a série histórica. Os dados fazem parte do levantamento do Observatório da Indústria, da Fiems (Federação das Indústrias de MS).
No acumulado do ano, ainda conforme o estudo, a receita total está em US$ 4,16 bilhões, resultando num crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas ao exterior somaram US$ 3,65 bilhões.
“Este é o maior valor de exportação já alcançado pela indústria estadual no período de janeiro a agosto. Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 66% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Já no acumulado do ano, a participação está em 60%”, explicou o economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende.
Grupos representativos
Os segmentos industriais que apresentaram maior participação nas receitas de exportação até o momento foram celulose e papel, complexo frigorífico e óleos vegetais e demais produtos de sua extração, respondendo por 76% das exportações no período entre janeiro e agosto.
No grupo Cclulose e papel, a receita com exportações de industrializados alcançou no acumulado de janeiro a agosto o valor de US$ 1,4 bilhão. Os principais produtos exportados foram pastas químicas de madeiras, e os principais compradores foram China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos.
Com relação ao grupo complexo frigorífico, o valor com exportações no acumulado do ano foi de US$ 1 bilhão. Os principais produtos comercializados foram carnes desossadas congeladas de bovino, carnes desossadas refrigeradas de bovino e pedaços e miudezas congelados de frango. Os principais importadores foram China, Chile, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e Turquia.
Já quanto ao grupo óleos vegetais e demais produtos de sua extração, a receita com exportações foi de US$ 595,9 milhões entre os meses de janeiro e agosto. Os principais produtos exportados foram bagaços e resíduos da extração do óleo de soja, farinhas e pellets da extração do óleo de soja, óleo de soja bruto, óleo de soja refinado e óleo de milho bruto. Os principais países compradores foram Holanda, Indonésia, Polônia, Dinamarca e Alemanha.
