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Lado Rural

MS fecha 1º semestre com queda de 24,5% nas importações de fertilizantes

Atraso nas compras é devido à expectativa de preços menores nos próximos meses

Por José Roberto dos Santos | 03/09/2024 16:30
Fertilizante granulado é manipulado para aplicação; dependente do mercado externo, Brasil aumentou importações. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)
Fertilizante granulado é manipulado para aplicação; dependente do mercado externo, Brasil aumentou importações. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)

De janeiro a julho deste ano, Mato Grosso do Sul importou 532,8 mil toneladas de fertilizantes. O volume total, que abrange fertilizantes azotados, potássicos e fosfatados é 24,5% menor que o mesmo período do ano anterior, quando o Estado comprou 705,9 mil toneladas de produtos.

Para o economista da Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), Mateus Fernandes, “a compra de fertilizantes aqui no Estado está atrasada em relação aos anos anteriores, e isso se justifica pela perspectiva de queda de preço nos próximos meses, o que acaba impactando no volume adquirido”.

Segundo o Boletim de Fertilizantes da Aprosoja-MS, divulgado nesta semana, o preço médio dos produtos teve redução de 2,35% no comparativo de julho de 2023 e julho de 2024.  No referido período deste ano, a tonelada de fosfato monoamônico (MAP) custou R$ 2,5 mil e o composto de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e o cloreto de potássio (KCl) custaram R$ 2,9 mil cada.

Os principais países de origem dos fertilizantes foram a Rússia, com 40% do volume; seguido pelo Canadá, com 21% e pelos Estados Unidos, com 14%.

Importações do Brasil aumentaram

No cenário nacional, de janeiro a julho deste ano, as importações totais de fertilizantes aumentaram 11,56%, em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume de importações de azotados subiu 1,30%; potássicos 20,94% e fosfatados 42,11%.

Os principais países de origem dos fertilizantes importados pelo Brasil foram a Rússia, com 25%; China, com 17% e Canadá, com 15%. Nesse cenário, a guerra da Rússia com a Ucrânia continua afetando até hoje o mercado global de fertilizantes. No caso do Brasil, mostra a fragilidade da agricultura causado pela dependência de fertilizantes importados.

Em contrapartida ao incremento em importação, o volume entregue ao mercado demonstrou queda entre os meses de janeiro e maio deste ano. No período, foram entregues 14,24 milhões de toneladas de fertilizantes, redução de 10% em comparação ao mesmo período de 2023. A produção nacional também apresentou queda de 4,92% frente ao mesmo período do ano anterior, totalizando 2,48 milhões de toneladas produzidas.

* Com informações da Aprosoja-MS.

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