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Lado Rural

MS fecha primeira quinzena de setembro colhendo 87,6% do milho

Estado prepara-se para o plantio da soja, após o fim do vazio sanitário que acabou dia 15 de setembro

Por José Roberto dos Santos | 25/09/2023 14:35
Vagão de transporte descarrega milho em caminhão após colheita em propriedade na região de Maracaju. (Foto: Direto das Ruas)
Vagão de transporte descarrega milho em caminhão após colheita em propriedade na região de Maracaju. (Foto: Direto das Ruas)

Segundo relatório do Siga-MS ( Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), Mato Grosso do Sul colheu 87,6% do milho segundo safra. Neste ciclo, a estimativa é que a safra seja 5,39% maior em relação ao ciclo passado (2021/2022), atingindo uma área de 2,325 milhões de hectares.

A produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, o que está dentro do potencial produtivo das últimas 5 safras do Estado. Essa estimativa gera a expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas, representando uma retração de 12,28% em comparação ao ciclo anterior. É importante ressaltar que a área ainda está em levantamento, podendo ocorrer variações para mais ou menos em relação à área prevista.

Nos próximos dias a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), deve distribuir nova nota técnica, com fechamento das três primeiras semanas de setembro da colheita do milho no Estado.

Este ano o atraso na colheita da soja, devido às chuvas, provocou atrasou considerável na semeadura do milho. A região norte está com a colheita mais avançada, com média de 98,4%, enquanto a região centro está com 89,1% e a região sul com 85,1% de média. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto Siga-MS, é de aproximadamente 2,037 milhões de hectares.

Gráfico mostra colheita do milho na região sul do Estado, onde os trabalhos estão mais atrasados
Gráfico mostra colheita do milho na região sul do Estado, onde os trabalhos estão mais atrasados

Na final da primeira quinzena de setembro houve um avanço significativo na colheita, diminuindo a diferença em relação à safra anterior em 7,8%. A Aprosoja-MS. A colheita atrasada deste ano afetou a aplicação de corretivos. Atualmente, muitos produtores estão finalizando essa operação.

Sanidade vegetal

Nesta safra a Aprosoja-MS registrou o aumento da infestação do Sorghum halepense, também conhecida como capim-massambará ou vassourinha. A erva daninha, originária da África, está causando problemas na entrega de cargas. É crucial que o produtor não permita o desenvolvimento do capim vassourinha em sua lavoura, pois a presença de sementes de espécies daninhas pode prejudicar a comercialização dos grãos, principalmente em contratos de exportação.

Em nota distribuída à imprensa nesta segunda-feira, 25, o diretor-executivo da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), Lucas Galvan, alertou que “é necessário que os produtores adotem as estratégias do Manejo Integrado de Pragas e Invasoras, a fim de garantir a eliminação da espécie antes do estádio reprodutivo, que é quando ocorre a dispersão das sementes e consequentemente, aumento do banco de material genético no solo.”

Mercado do milho

De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, as maiores valorizações no período ocorreram nos municípios de Campo Grande, Sidrolândia e Maracaju, com valorização na ordem de 6,76%, 2,70% e 2,56%, respectivamente. O valor médio para o período foi de R$ 38,63/sc, que representou queda de 46,00% em relação ao valor médio de R$ 71,53/sc no mesmo período de 2022. Os preços atuais não necessariamente são os valores que o produtor está recebendo, uma vez que a comercialização ocorre gradualmente. Até o fechamento da primeira quinzena de setembro, quase 45% do milho produzido em MS já estavam comercializados.

Município de Chapadão do Sul tem a maior valorização de preço da saca de milho, 8,11%
Município de Chapadão do Sul tem a maior valorização de preço da saca de milho, 8,11%

Plantio da soja

O vazio sanitário da soja acabou no dia 15 de setembro em Mato Grosso do Sul. A Aprosoja-MS prevê para o ciclo 2023-2024 o cultivo de 4,2 milhões de hectares. Para o próximo ciclo da cultura, a Associação prevê uma produção de 13,8 milhões de toneladas, redução de 7,92% e produtividade de 54 sacas por hectare, 13,52% a menos do que na safra anterior.

Segundo o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi, em entrevista à coluna Lado Rural, "apesar do aumento na temperatura neste início de semeadura de soja, temos uma alta probabilidade de ocorrência do fenômeno El Niño na safra 23/24, indicando um aumento no volume das chuvas. Se, de fato isto ocorrer entre os meses de janeiro e fevereiro, período de maior demanda hídrica da cultura da soja, o produtor sul-mato-grossense pode esperar uma safra de grandes resultados", avaliou.

Clique no link e confira relatório do Siga-MS da colheita do milho no Estado.

526 BOLETIM SEMANAL CASA RURAL - AGRICULTURA - CIRCULAR 526 19.09.2023_0.pdf

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