Pantanal responde por 19% dos bezerros produzidos em MS
Enquanto o rebanho do Estado cai desde 2018, plantel pantaneiro cresceu 24% em 2023
Com um rebanho bovino em ascensão, o Pantanal sul-mato-grossense tem na produção de animais de reposição seu grande mercado no Estado. Entre 2018 e 2024, a representação do Pantanal no segmento da produção de bezerros ficou entre 16% e 19%, chegando ao pico de 20% em 2023. Na mesma toada segue a quantidade de fêmeas com mais de 36 meses na região, registrando em 2024 um rebanho de 1.615.064 cabeças.
RESUMO
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O Pantanal Sul-mato-grossense destaca-se na produção de bezerros, representando entre 16% e 20% do segmento de reposição entre 2018 e 2024, com um rebanho de 1.615.064 fêmeas em 2024. A região, que possui 3.708 propriedades rurais, movimentou 1.717.111 animais para engorda e 369.745 para abate no mesmo ano. O preço do quilo do bezerro valorizou 13% em novembro de 2024, superando os valores de 2022 e de outubro de 2023, enquanto o boi magro também apresentou alta, refletindo um crescimento significativo nos preços em comparação ao ano anterior.
Os números são do boletim Casa Rural Sigavob (Sistema de Inteligência e Gestão Territorial da Bovinocultura de Corte de MS), de dezembro-24, elaborado pelo Sistema Famasul. O Pantanal sul-mato-grossense conta com cerca de 3.708 propriedades rurais cadastradas. A sub-região com o maior número de propriedades rurais é a Nhecolândia, seguida por Paiaguás e Nabileque. A pecuária de corte ocupa o primeiro lugar no ranking de pessoas ocupadas no Pantanal sul-mato-grossense, representando 76,18% do total.
Perfil da pecuária pantaneira
Atualmente a região pantaneira comporta 22,3% do rebanho estadual, totalizando cerca de 4.188.117 animais. O levantamento, feito em novembro de 2024, aponta que a região pantaneira possui 440.556 fêmeas de 0 a 12 meses, 423.224 fêmeas de 13 a 24 meses, 411.579 fêmeas de 25 a 36 meses e 1.615.064 fêmeas com mais de 36 meses.
O efetivo de machos é de 455.049 machos de 0 a 12 meses, 304.906 machos de 13 a 24 meses, 184.711 machos de 25 a 36 meses e 253.612 machos com mais de 36 meses. A sub-região com o maior número de bovinos é a Nhecolândia, seguida por Paiaguás, Alto Pantanal e Nabileque.
Em 2024 a região movimentou 1.717.111 animais para engorda. De acordo com os dados da Iagro, 369.745 animais foram movimentados para abate, o que representa 10% dos 3.645.396 animais enviados para abate de janeiro a novembro de 2024 no estado de Mato Grosso do Sul.
MS é referência para mercado de reposição
Segundo o boletim, com base em resultado de leilões realizados, o preço do quilo vivo do bezerro se valorizou em 13% em novembro. O quilo do bezerro ultrapassou o valor nominal de 2022, e ficou 35% superior ao valor pago em outubro de 2023. O garrote teve o quilo do peso vivo valorizado em 17% se comparado ao mês passado e fechou novembro de 2024 cerca de 32% mais caro do que em novembro de 2023.
O boi magro seguiu sua tendência de alta, saindo de R$ 9,43 o kg em outubro e chegando a R$ 10,21 em novembro. O valor de novembro 2024 é 26% superior ao preço pago em novembro de 2023.
Das seis categorias cotadas nos leilões estaduais, a que apresentou maior variação positiva do preço/kg no mês de novembro/2024 foi o garrote, com aumento de 17,10% no comparativo com o mês anterior. Já a boi magro foi o que teve o kg menos valorizado no mês de novembro, em comparação com o mês anterior, 8,27%. Das seis categorias cotadas nos leilões estaduais, em relação ao preço/cabeça em novembro/2024, o boi magro apresentou maior variação positiva, com 40,41%, e a bezerra apresentou menor variação positiva, 2,62% no comparativo com o mês anterior.