ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
SETEMBRO, SEXTA  27    CAMPO GRANDE 21º

Lado Rural

Programa Precoce MS bonificou pecuaristas em mais de R$ 600 milhões desde 2017

Semadesc reúne técnicos e produtores para debater e atualizar sobre últimas alterações durante fórum

Por José Roberto dos Santos | 24/09/2024 10:57
Secretário da Semadesc, Jaime Verruck, discursa na abertura do Fórum Precoce MS nesta segunda. (Foto: Divulgação)
Secretário da Semadesc, Jaime Verruck, discursa na abertura do Fórum Precoce MS nesta segunda. (Foto: Divulgação)

Em Mato Grosso do Sul dos mais 3,5 milhões de bovinos abatidos no ano passado, cerca de 40% desse total, cerca de 1,3 milhão de cabeças, foram de animais classificados como novilho precoce. São animais jovens, abatidos com melhor acabamento de carcaça e carne considerada de alta qualidade. Em 2017 o programa foi totalmente reformulado. De lá para cá, segundo afirmou a médica veterinária, Gladys Espindola , gestora do Precoce MS, foram mais de R$ 600 milhões repassados aos produtores em forma de benefícios fiscais.

Os números foram apresentados ontem durante o Fórum Precoce MS, evento realizado durante toda a tarde desta segunda-feira (23), com o intuito de atualizar os RTs (Responsáveis Técnicos) sobre os novos critérios do Programa Precoce MS adotados em abril deste ano.

O programa é desenvolvido pelo Governo do Estado de MS, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), que bonifica o pecuarista pelo acabamento do animal e pelo processo produtivo, passou recentemente por reformulação, igualando ambos os critérios, de modo que as iniciativas sustentáveis, da porteira para dentro, tenham o mesmo peso que o trabalho direcionado ao rebanho.

Após a reformulação, em abril de 2024, já são 521 técnicos habilitados, que vistoriam 2.250 estabelecimentos rurais cadastrados. Nos últimos 5 meses o Programa abateu 657.224 animais, em 26 frigoríficos, somando R$ 43.113.303,00 de incentivos repassados.

Rebanho classificaco como novilho precoce criado a pasto em propriedade rural de MS. (Foto: Divulgação)
Rebanho classificaco como novilho precoce criado a pasto em propriedade rural de MS. (Foto: Divulgação)

Com isso, Mato Grosso do Sul, que já é reconhecido pela melhor proteína produzida no Brasil, em breve deverá também ser titulado pelo melhor processo produtivo. Em parceria com a Associação dos Produtores de Novilho Precoce MS, o Fórum reuniu 180 responsáveis técnicos para debater as novas regras e adequação ao programa.

Durante a abertura do evento, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou o papel da pecuária no contexto da produtividade de MS. “Apesar de já termos resultados excepcionais, onde já conseguimos reduzir o tempo médio de abate dos animais do Estado em 17 meses. O que nós estamos discutindo hoje com o setor e com as assistências técnicas é um aprimoramento do programa e uma modernização”, salientou o secretário.

Segundo o presidente da Associação Novilho Precoce MS, Rafael Gratão, o programa muda a cara da pecuária estadual. “Entre os objetivos está a oportunidade de nos dedicarmos a uma pecuária diferente, cada vez mais eficiente. Esse processo contribuirá para que possamos vender nossa carne em mercados que pagam mais, como o da Europa, onde tudo é certificado e comprovado”, explica Gratão.

O secretário Jaime Verruck reforça que o programa é uma demonstração do avanço tecnológico da pecuária. “Quando olhamos para a proteína, nos últimos 8 ou 10 anos, constatamos que a pecuária perdeu cerca de 4 milhões de hectares. Às vezes focamos na questão da área, mas, na verdade, foi a pecuária que talvez tenha feito a maior demonstração de ganho e avanço tecnológico no estado, uma vez que se reduziu o tempo médio de abate dos animais, avançamos na qualidade e o peso médio aumentou”, completou.

Nos siga no Google Notícias