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Lado Rural

Programa Precoce MS bonificou pecuaristas em mais de R$ 600 milhões desde 2017

Semadesc reúne técnicos e produtores para debater e atualizar sobre últimas alterações durante fórum

Por José Roberto dos Santos | 24/09/2024 10:57
Secretário da Semadesc, Jaime Verruck, discursa na abertura do Fórum Precoce MS nesta segunda. (Foto: Divulgação)
Secretário da Semadesc, Jaime Verruck, discursa na abertura do Fórum Precoce MS nesta segunda. (Foto: Divulgação)

Em Mato Grosso do Sul dos mais 3,5 milhões de bovinos abatidos no ano passado, cerca de 40% desse total, cerca de 1,3 milhão de cabeças, foram de animais classificados como novilho precoce. São animais jovens, abatidos com melhor acabamento de carcaça e carne considerada de alta qualidade. Em 2017 o programa foi totalmente reformulado. De lá para cá, segundo afirmou a médica veterinária, Gladys Espindola , gestora do Precoce MS, foram mais de R$ 600 milhões repassados aos produtores em forma de benefícios fiscais.

Os números foram apresentados ontem durante o Fórum Precoce MS, evento realizado durante toda a tarde desta segunda-feira (23), com o intuito de atualizar os RTs (Responsáveis Técnicos) sobre os novos critérios do Programa Precoce MS adotados em abril deste ano.

O programa é desenvolvido pelo Governo do Estado de MS, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), que bonifica o pecuarista pelo acabamento do animal e pelo processo produtivo, passou recentemente por reformulação, igualando ambos os critérios, de modo que as iniciativas sustentáveis, da porteira para dentro, tenham o mesmo peso que o trabalho direcionado ao rebanho.

Após a reformulação, em abril de 2024, já são 521 técnicos habilitados, que vistoriam 2.250 estabelecimentos rurais cadastrados. Nos últimos 5 meses o Programa abateu 657.224 animais, em 26 frigoríficos, somando R$ 43.113.303,00 de incentivos repassados.

Rebanho classificaco como novilho precoce criado a pasto em propriedade rural de MS. (Foto: Divulgação)
Rebanho classificaco como novilho precoce criado a pasto em propriedade rural de MS. (Foto: Divulgação)

Com isso, Mato Grosso do Sul, que já é reconhecido pela melhor proteína produzida no Brasil, em breve deverá também ser titulado pelo melhor processo produtivo. Em parceria com a Associação dos Produtores de Novilho Precoce MS, o Fórum reuniu 180 responsáveis técnicos para debater as novas regras e adequação ao programa.

Durante a abertura do evento, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou o papel da pecuária no contexto da produtividade de MS. “Apesar de já termos resultados excepcionais, onde já conseguimos reduzir o tempo médio de abate dos animais do Estado em 17 meses. O que nós estamos discutindo hoje com o setor e com as assistências técnicas é um aprimoramento do programa e uma modernização”, salientou o secretário.

Segundo o presidente da Associação Novilho Precoce MS, Rafael Gratão, o programa muda a cara da pecuária estadual. “Entre os objetivos está a oportunidade de nos dedicarmos a uma pecuária diferente, cada vez mais eficiente. Esse processo contribuirá para que possamos vender nossa carne em mercados que pagam mais, como o da Europa, onde tudo é certificado e comprovado”, explica Gratão.

O secretário Jaime Verruck reforça que o programa é uma demonstração do avanço tecnológico da pecuária. “Quando olhamos para a proteína, nos últimos 8 ou 10 anos, constatamos que a pecuária perdeu cerca de 4 milhões de hectares. Às vezes focamos na questão da área, mas, na verdade, foi a pecuária que talvez tenha feito a maior demonstração de ganho e avanço tecnológico no estado, uma vez que se reduziu o tempo médio de abate dos animais, avançamos na qualidade e o peso médio aumentou”, completou.

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