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Lado Rural

Projeto capacita trabalhadores rurais para identificar violência contra mulheres

Em 4 anos, já foram realizados 203 mil atendimentos no campo, ou seja, média de 50,7 mil por ano

Por Izabela Cavalcanti e Gabriela Couto | 28/02/2025 10:09
Projeto capacita trabalhadores rurais para identificar violência contra mulheres
Técnicos rurais assistindo palestra do projeto "Acolhe no Campo" (Foto: Henrique Kawaminami)

Trabalhadores do meio rural de Mato Grosso do Sul estão sendo capacitados para identificar mulheres que são vítimas de violência nas fazendas do Estado. O projeto “Acolhe no Campo” já realizou 203 mil atendimentos em 4 anos, ou seja, média de 50,7 mil por ano.

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Trabalhadores rurais de Mato Grosso do Sul estão sendo capacitados para identificar e ajudar mulheres vítimas de violência nas fazendas. O projeto "Acolhe no Campo" já realizou 203 mil atendimentos em quatro anos. Cerca de 200 técnicos da Famasul participam de palestras sobre a Lei Maria da Penha e formas de agir em casos de violência. A promotora Clarissa Torres destaca a importância do relacionamento de confiança entre técnicos e vítimas. A capacitação visa ensinar a identificar violência psicológica e verbal, além de orientar sobre como proceder em denúncias. O projeto é uma parceria entre o Ministério Público e a Famasul.

Nesta sexta-feira (28), cerca de 200 técnicos da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) aprendem maneiras de como agir nestes casos, além de saber como funciona a Lei Maria da Penha. Desde 2021, 500 trabalhadores já foram capacitados.

A promotora, Clarissa Torres, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento a Violência contra Mulher do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), explicou que durante o trabalho de busca ativa das mulheres que são vitimas de violência, existia um recorte daquelas que não tinham acesso a formas de denunciar, no caso das que vivem no campo.

“Não basta só falar da lei, tem que entender a complexibilidade e também ter um grau de confiança e relacionamento com as vítimas que nós não temos. Com o técnico indo ao topo ficou mais fácil de eles identificarem situações que precisam de atendimento, de recorrer a uma ajuda, a uma denúncia. É um casamento perfeito entre o Ministério Público e a Famasul”, destacou.

Ainda de acordo com a promotora, a média para se romper o ciclo de violência de uma mulher é de 10 anos.

A diretora-técnica do Sistema Famasul, Mariana Urt, pontuou que o time técnico é composto por 60% de homens e 40% de mulheres.

“A capacitação é importante para que os técnicos saibam como se comportar e lidar com a situação, e quem procurar. Eles aprendem identificar violência psicologia e verbal e identificar a dificuldade da vitima em pedir ajuda”, disse.

O número para denunciar para a polícia é o 190, Guarda Civil Metropolitana 153 ou o canal da ouvidoria do Ministério Público, de forma anônima.

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