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Lado Rural

Risco de geadas aumenta preocupação dos produtores de milho em MS

Cerca de 28% da área com o cereal na região sul pode sofrer efeitos do frio intenso, afirma Aprosoja-MS

Por José Roberto dos Santos | 27/06/2024 14:11
Área cultivada com milho em propriedade rural do Estado. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)
Área cultivada com milho em propriedade rural do Estado. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)

Mesmo que os dias frios estejam menos intensos devido às mudanças climáticas em função da chegada do inverno, há previsão de geada para algumas regiões de Mato Grosso do Sul, entre os dias 10 e 15 de julho, afirma a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Groso Sul), num alerta para os agricultores do Estado.

Diante desse prognóstico, a equipe técnica da Aprosoja-MS fez uma análise para avaliar o impacto potencial desse fenômeno climático na agricultura local.

De acordo com o coordenador técnico da associação de produtores, Gabriel Balta, a análise considera a progressão do plantio e a fenologia das culturas, levando em conta um ciclo de 128 dias. Durante esse período, foi identificado que aproximadamente 28% da área de cultivo de milho segunda safra 2023/2024, na região sul do Estado, estará nos estágios fenológicos entre R1 (florescimento e polinização) e R4 (grão farináceo).

“Esses estágios são críticos e altamente suscetíveis a danos causados pela geada, podendo resultar em reduções significativas no potencial produtivo”, explica Gabriel.

Na região central do Estado, a análise da Aprosoja-MS estima que 13% das lavouras estarão nos estágios fenológicos entre R1 e R4 durante o período previsto para a geada, o que também coloca essas áreas em risco.

“A região norte parece estar mais segura, sem risco aparente de geada. Além disso, apenas 6% das lavouras nesta região estarão no estágio R4 durante o período de geada”, finaliza Balta.

Estágio da colheita

Na data de 21 de junho, a área colhida acompanhada pelo Projeto Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio) alcançou 8,2%. A colheita está mais avançada na região sul do Estado, com uma média de 10,6%. Na região central, a média é de 3,2%, enquanto na região norte é de 2,9%. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Siga, é de aproximadamente 181 mil hectares. A porcentagem de área colhida na 2ª safra 2023/2024, encontra-se superior 7,38 pontos percentuais em relação à 2ª safra 2022/2023.

Na segunda safra de milho de 2023/2024 já observou-se perdas significativas no potencial produtivo do milho devido à seca. Essa situação adversa afetou uma área total de 785 mil hectares em Mato Grosso do Sul. Os períodos de seca ocorreram entre março e abril (10 a 30 dias de estresse hídrico) e mais recentemente, entre abril e junho (mais de 70 dias sem chuva).

Rally do milho

O Rally da Safra apresentará no dia 02 de julho, terça-feira, às 13h00 (MS), os números de produção, produtividade e área plantada nas principais áreas produtoras de milho do País, além de avaliação sobre o mercado.

Em campo entre maio e junho, seis equipes técnicas do Rally fizeram o levantamento quantitativo e qualitativo das lavouras da segunda safra em quatro estados produtores – Mato Grosso do  Sul, Mato Grosso, Goiás e Paraná. Quatro equipes realizaram visitas técnicas aos produtores entre abril e maio.

Em sua etapa para avaliação de soja, durante a fase de desenvolvimento das lavouras e colheita, o Rally da Safra percorreu, desde janeiro, 15 estados (MT, RO, GO, MG, MS, PR, SC, SP, RS, MA, PI, TO, BA, PA e DF).

As áreas visitadas respondem por 97% da área de produção de soja e 72% da área de milho. O Rally da Safra está em sua 21ª edição.

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