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Lado Rural

Showtec debate uso de agentes biológicos para proteção de culturas

Pesquisador frisa que produtor nunca deve tratar um produto biológico como maneja um defensivo químico

José Roberto dos Santos | 24/05/2023 15:48
Lagarta da soja morta pela aplicação do bioinseticida baculovírus. (Foto: Divulgação/Embrapa)
Lagarta da soja morta pela aplicação do bioinseticida baculovírus. (Foto: Divulgação/Embrapa)

Agentes Biológicos para Proteção de Cultivos é o assunto do seminário que acontece nesta quinta-feira, 25, no Showtec 2023.  O evento acontece de 23 a 25 de maio de 2023, em Maracaju, em Mato Grosso do Sul. O ingresso ao Showtec é gratuito.

Fernando Hercos Valicente, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, vai falar do manejo biológico de lagartas com bioinseticidas, com foco no uso de baculovírus e Bacillus thuringiensis para controle das principais lagartas que atacam as culturas da soja, do milho e do algodão. Será mostrado o posicionamento desses produtos, bem como as formulações disponíveis no mercado.

Os produtos biológicos à base de baculovírus e de Bacillus thuringiensis podem ser usados tanto pela agricultura orgânica como pela tradicional. “Podem ser utilizados por micro, pequenos, médios e grandes produtores. Todos que têm interesse em um produto biológico”, informa Valicente.

“A alta eficiência que o baculovírus apresenta no controle da lagarta-do-cartucho é alcançada quando o produto é posicionado corretamente em relação ao aparecimento dessa praga. Por isso, o produto deve ser aplicado preferencialmente nas horas mais frescas do dia, como no início da manhã ou após as 16h. E o agricultor precisa sempre fazer uso de um espalhante adesivo, para ter uma aplicação uniforme e atingir o alvo”, orienta o pesquisador.

Fernando frisa que o produtor nunca deve tratar um produto biológico como maneja um defensivo químico. “O baculovírus age após a lagarta ingeri-lo, quando é pulverizado sobre as folhas. O inseto tem de raspar a planta para se tornar infectado, e, quando isso ocorre, a lagarta reduz sua alimentação em até 93%”, detalha o pesquisador, completando que, “após ingerir o baculovírus, a lagarta demora em torno de cinco dias para morrer, porém, a partir de 48 horas, ela diminui a alimentação”, explica o cientista.

O Bacillus thuringiensis (Bt) é uma bactéria Gram Positiva. O produto biológico à base da bactéria Bt é uma importante ferramenta para o Manejo Integrado de Pragas e para suporte ao manejo de resistência das lagartas aos inseticidas químicos. “A aplicação do Bt pode ser feita com o pulverizador costal ou com o trator, sempre com um espalhante. A recomendação é aplicar o produto no estágio inicial da lagarta, logo quando aparecem e estão pequenas”, comenta Valicente.

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